Como Uma Simples Data Pode Unir Diferentes Culturas Em Um Único Propósito
Redator: Liam Chandler Wichbest
Tirem as decorações do sótão, capturem algumas fadas no jardim e encantem as luzes para receber o presentes em uma noite em família. Sirvam as tortas de nozes e frutas secas, bolos confeitados com morango e perus recheados com maçãs. Por fim, cantem canções clássicas e escutem a programação do especial de Celestina Warbeck na rádio, é hora de relembrar as músicas que abalam os corações dos mais velhos. Essa lista de tarefas é certamente muito comum entre muitas famílias bruxas em toda Grã-Bretanha, um retrato perfeito dos festejos que marcam uma estação inteira. Embora encarar azevinhos pendurados nas paredes, calhas e telhados cobertos de neve e trenós enfeitiçados para crianças descerem colinas sejam a imagem perfeita do Natal, sabemos que a data também é importante em diversas culturas do mundo, tendo diferentes significados de acordo com a região apresentada. Enquanto os bruxos europeus costumam enxergar tradições bem famosas e muito disseminadas por outros países, existem aquelas nações que gozam de eventos bastante particulares que caracterizam, mais do que tudo, como uma data universal pode ter o mesmo significado, independente das crenças celebradas.
Egito
Em um país que sempre manteve relações com os vizinhos europeus, os bruxos egípcios não possuem uma celebração tão divergente. A diferença é que eles comemoram o Natal no dia 7 de Janeiro, pois acompanham o calendário Juliano. Por ali, a influência das crenças árabes têm um papel importante, mas a comunidade mágica ainda possui suas próprias manifestações exclusivas, como a culinária regional, a celebração em festas às margens do Rio Nilo e em alguns casos, bailes organizados em monumentos antigos e protegidos dos trouxas, como templos e construções semelhantes.
Uganda
Um pouco mais abaixo, mais ainda no território africano, dá-se destaque para as famílias mágicas descendentes de antigas tribos pertencentes ao país. A festa se chama “Sherehe Ya Kuzaliwa”, algo semelhante a “festa do nascimento”. Bruxos ugandeses comemoram a reunião de diversas coisas, seja o amor entre a família, o casamento, os amigos… Em geral, a data envolve cerimônias em templos sagrados, seguidas por eventos incluindo desfiles, danças e a tradicional fogueira centrada em uma festa, onde as pessoas queimam desejos para serem realizados. É comum encontrar animagos realizando apresentações impressionantes, ensaiadas durante meses em suas formas animalescas.
Grécia
Os gregos gostam de muita festa também. O Natal é normalmente unificado em um grande festival, organizado por uma vizinhança inteira. O ponto principal é a comida. A culinária grega é extremamente valorizada. Embora muito confiantes de suas habilidades, os bruxos gregos temem apenas uma coisa: os kallikantzaroi. O nome pode ser complicado, mas a interpretação é bem simples. Tratam-se de criaturinhas malignas nativas do país, as quais aguardam a data para se enfiarem nas chaminés e provocar travessuras nas casas das pessoas. Uma forma de afastá-los é se utilizando de uma chama especial, criada apenas por bruxos que detém o conhecimento de um feitiço muito complexo.
Croácia
Falando em criaturas que causam problemas, o Krampus é realmente um aspecto importante da Croácia. Embora seja considerado uma lenda até mesmo entre algumas sociedades mágicas, essa entidade é reconhecida e respeitada, sendo até mesmo venerada por alguns. O Festival do Krampus resume bruxos fantasiados como a criatura, correndo e assustando crianças de forma a alertá-los sobre os perigos da traquinagem. Um pouco traumatizante, quem sabe? O fato é que a coisa não termina aí. De forma a se proteger do Krampus, os croatas penduram figuras sagradas em suas casas feitas com uma madeira mágica que nasce em uma região específica do país. Essa mesma madeira pode ser utilizada para confecção de varinhas muito eficientes contra pegadinhas e logros em geral.
China
Especialmente nas comunidades localizadas perto de montanhas, a festa é marcada pelas luzes. Os bruxos chineses enfeitiçam lanternas e de forma fiel, enfeitam as ruas e suas casas, criando um espetáculo para todos que passam nas calçadas. Além disso, os fogos de artifício são comuns mesmo nessa data, precedendo o ano novo chinês. Eles assumem a forma de diversos animais sagrados para os povos dali. A troca de presentes também faz parte da comemoração, as pessoas passam dias criando coisas com as próprias mãos, sem a ajuda de varinhas. Isso prova o esforço e dedicação colocado em cima do presente, aumentando ainda mais a consideração por este.
Peru
Outro exemplo muito lembrado são os costumes natalinos de algumas comunidades tradicionais peruanas. Além da música, festa e comida, eles estabilizam competições em cada distrito em busca de prêmios muito valiosos. Esperar o Papai Noel trazer alguma coisa? Sem tempo. Nas competições, os bruxos participantes se divertem em corridas de vassouras, escaladas em trilhas densas e atividades esportivas em lagos naturais. O grande vencedor normalmente ganha uma coroa de ouro, roupas magicamente costuradas para lhe conceder sorte pelo resto do ano e um estoque de frutas capaz de durar por meses inteiros, preservadas também com feitiços especiais.
Outros países
A cultura hindu possui certamente diferenças em relação ao Cristianismo, mas o Natal ainda é parte marcada em muitas famílias indianas. O pretexto é o mesmo, celebrar o amor com a família e a divindade exaltada. O mesmo ocorre na Arábia Saudita, por exemplo, onde os laços de sangue são extremamente enaltecidos. Os romenos são famosos pelas cantorias, enquanto os russos gostam de animar bonecas de porcelana como decoração principal. Na França, o mercado gira em torno da data e as compras aumentam em 50%. O amor pelo Natal é tão grande que nas Filipinas, bruxos e bruxas podem continuar no clima por até cinco meses inteiros.
O que une cada uma dessas culturas? Em alguns lugares simplesmente não chamamos de Natal, em outros a festa acontece uma semana depois de Dezembro. O fato é que não existe uma definição para o que é esta festa, embora consideramos diversas verdades em nossos sentimentos mais internos. O que devemos ter em mente é a grandiosidade do evento, além da forma como o momento funciona para reunir pessoas em apenas um aspecto principal. É a gratidão pelo que temos e quem sabe a esperança pelo que ainda desejamos possuir. Esse é o espírito que devemos compartilhar. É o que Profeta Diário deseja a todos nesse fim de ano. Muito amor a todos os leitores!