E O RISCO ENVOLVENDO AS CRIATURAS MÁGICAS
Redator: Liam Chandler Wichbest
Um unicórnio foi encontrado vagando no subúrbio de East End, em Londres. Foi uma enorme surpresa para os trouxas que ali passavam, dos quais em sua grande maioria dividiram a sensação de pânico e admiração. O unicórnio adulto de crina e pelos de um branco brilhante não pode ser comparado a um equino qualquer. É uma criatura mágica muito particular que normalmente é difícil de ser encontrada até mesmo para aqueles que a conhecem. O que ele fazia tão longe de uma floresta? Essa é a questão a ser discutida.
Quando eventos semelhantes aconteciam a poucos meses atrás, as autoridades bruxas transformavam a ocasião em apenas um lance de sonhos e memórias fantasiosas na cabeça dos trouxas, normalmente com o uso de feitiços como o Obliviate. Atualmente fora do nosso controle, com a linha que escondia o mundo mágico se tornando inexistente dentro da Grã-Bretanha, se torna previsível que esses acontecimentos se dissipem. A maior preocupação é a forma como os trouxas irão agir diante dessas criaturas. Para deixar a sua floresta, um unicórnio precisa ser extremamente perturbado e cá entre nós, tratar um animal desses com tamanho desrespeito soa como uma total ofensa. Várias partes de um unicórnio são consideradas preciosas para o uso em atividades mágicas, como fabricação de poções e varinhas, mas há tempos a forma como esses materiais são extraídos vem sendo regulada e controlada pelo Ministério da Magia. Quer dizer… assim era. Isso significa que esses animais correm grande perigo diante da sociedade trouxa. Com a ação militar para capturar e entender ainda mais sobre a magia, a população de unicórnios e as demais criaturas sofre com a ameaça de uma caça. Embora saibamos que nem lobisomens conseguem capturar um unicórnio adulto em velocidade, ainda tememos pelas armas trouxas que tão fortemente conseguiram quebrar mesmo o nosso maior complexo político.
Mas o unicórnio não é o único afetado. Em um acampamento localizado na Irlanda, um Trasgo Montanhês atacou um grupo de escoteiros infantis. Já em Bristol, um hipogrifo foi capturado por uma equipe de caçadores que o imobilizaram com um tipo de arma especializada. Os boatos confirmam que eles vinham rondando as áreas mais selvagens em busca de criaturas mágicas. Em dois casos conhecidos as vítimas foram fatais. Uma serpente marinha foi morta por navegadores trouxas, tendo a cabeça arrancada e empalhada na parede de uma casa. Em outra tragédia, um Negro das Ilhas Hébridas matou um esportista que fazia uma trilha pelas montanhas escocesas. Independente de quem sofre, as consequências podem chegar a um nível extremo e se torna difícil dizer o quão graves continuarão a ser. Embora poderosas, as criaturas mágicas ainda dependeram por muitos anos da ação de bruxos e bruxas para escondê-las, ainda que muitas tenham sido facilmente distinguidas pelos trouxas, como é o caso dos Yetis. Enquanto a situação permanece em tamanho desequilíbrio, ainda tememos pela segurança da nossa fauna mágica.
Felizmente, algumas dessas criaturas tem plena consciência dos acontecimentos e fazem o necessário para se protegerem. É o que ocorreu com grupos de centauros por toda o país, dentre os quais começaram a se precaver diante do conflito. Os representantes mais sábios afirmaram que estão preparados para entrar em embate com trouxas, e que não abandonarão seu territórios para dar espaço a invasores. O mesmo se passa com os sereianos. Depois que um submarino destruiu uma colônia em um grande lago, o grupo passou a tomar mais cuidado e não pretende permitir que sua espécie seja ameaçada.