COM A CHEGADA DE MAIS REFUGIADOS AO VILAREJO, COMO TEM FICADO A SITUAÇÃO COMERCIAL? ENTENDA O QUE AMBOS OS LADOS SENTEM. Por: Beatr...

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COM A CHEGADA DE MAIS REFUGIADOS AO VILAREJO, COMO TEM FICADO A SITUAÇÃO COMERCIAL? ENTENDA O QUE AMBOS OS LADOS SENTEM.




Por: Beatrix Lisbeth Firebird Salvatore


Uma pequena região está passando por mudanças, e não é algo cheio de preparo ou feito com planejamento. Tais transformações estão acontecendo devido a necessidade de readequação de outros pequenos bairros e vilarejos. O que antes era para ser apenas um lugar de visitas breves, passagem de um fim de semana ou no máximo uma temporada, está se tornando lar para bem mais do que uma ou duas famílias. Com as recentes invasões do Exército Trouxa em locais bruxos conhecidos, como Hogsmeade, os moradores e o próprio comércio mudaram de endereço. Com os próprios estabelecimentos fechados, tais famílias e donos de lojas vem ajudando aos comerciantes da região que vem servindo de abrigo temporário, participando desde o atendimento de balcão, até no preparo das refeições, a fim de oferecer o melhor para a crescente demanda de clientes.


Em nossa busca por entender mais do que vem acontecendo, conversamos com os dois lados dessa moeda. Um deles é o estalageiro da pousada local, Nikolai Gremory, que nos recebeu com alegria para comentar como está sendo esse processo de readaptação pessoal e da região como um todo. Para o Sr. Gremory, os tempos difíceis estão sendo uma oportunidade para que nossa comunidade se torne mais unida, mais próxima, mas ao mesmo tempo, ele explica que é preciso se estar preparado e ter estrutura para oferecer uma ajuda real "O vilarejo tem seus próprios moradores e acho que antes de podermos oferecer ajuda à alguém, devemos primeiro a ajudar nós mesmos.", afirma ele. O jovem que explica morar atualmente em terras britânicas por ser mais prático em questões de deslocamento ao trabalho, conta que está abrigando famílias e jovens em sua casa, mas em sua visão, a situação do local pode chegar a beira do insustentável se assim prosseguir " essa situação pode acabar prejudicando o pessoal daqui, não acho possível a região sozinha sustentar e abrigar tantas pessoas.", declara o Nikolai com fervor, que ainda prossegue analisando o quanto outros países parecem não notar o silêncio e o quanto isso é perturbador.


Por outro lado, temos o jovem Connor Evan Colin, originalmente vendedor de instrumentos musicais, que agora vem auxiliando em uma loja local. Para o Sr. Colin a situação é parte do processo, mesmo que seja fora do ideal "Não é uma situação ideal, só que é uma estamos em guerra, então é necessário um certo sacrifício antes de termos um lugar seguro e neutro para essas pessoas morarem e voltarem a ter suas vidas como antes ou quase isso", expressa ele.


Mas existe outro ponto que ambos entrevistados concordam. Com a crescente demanda de clientes, mais mão de obra vem a calhar "A recente demanda grande de pessoas aqui, foi até que uma boa oportunidade. Afinal a mão de obra aumentou bastante, tornando o trabalho muito mais rápido, fácil e prático", explica Nikolai. Mas o estalageiro ainda expressa o quanto este quadro, sendo tratado de modo 'a longo prazo' já vem causando um pouco de desconforto nos funcionários do comércio local "existem aqueles que estão se sentindo ameaçadas em perderem seus empregos para os 'estrangeiros', como alguns chamam os 'refugiados'. Consigo ver isso causando certas adversidades e rivalidades futuras, justamente o que não precisamos neste momento de crise", confessa Gremory em nossa conversa.


Já no ponto de vista de Connor, temos a visão de alguém que está lidando com perdas e reaprendendo a se estruturar "Olha, não é algo fácil se adaptar a outro tipo de negócio, afinal ter sua própria loja com estrutura e estoque próprio é o sonho de qualquer ser humano com bom senso, só que eu acho que com um pouco de esforço tanto dos empregadores quanto dos funcionários, isso pode dar muito certo", fala Connor com emoção, de forma que ainda completa "Todos saem ganhando nesse meio tempo, afinal  precisam pagar suas contas e sobreviver em meio ao caos que os trouxas criaram para nós", finaliza o jovem Colin.



O que sentimos com tais declarações de ambos jovens trabalhadores, um que é da região e outro que está atuando temporariamente nesta, é que precisamos de uma nova ordem, uma mudança e mais precisamente, de estrutura. Os pilares de confiança de nossa comunidade estão abalados e o povo sente isso, "Creio que resta apenas esperarmos alguma melhora ou até quem sabe a estabilização", finaliza Nikolai e essa é a esperança de todos, estabilidade e melhora. Precisamos de uma vitória e precisamos senti-la.