Entrevista com Althaia Kosey Mansour Por: Diana Lind Snow A sede da Rádio Radiofônica Bruxa (RRB), localizada no segundo andar a lo...

DJ: Conversa com Especialista

Entrevista com Althaia Kosey Mansour

Por: Diana Lind Snow

A sede da Rádio Radiofônica Bruxa (RRB), localizada no segundo andar a loja de música Dominic Maestro's, em Hogsmeade, conta atualmente com programas diversos sobre herbologia, poções, programas sobre adivinhação e astrologia, e tem a música como uma de suas atrações mais ouvidas com a DJ Althaia Kosey Mansour, de 21 anos. A profissão de DJ e até a música bruxa, em geral, parecem ter perdido espaço nos últimos anos, mas não se enganem, a música tem se renovado a cada geração. Quando ambas as culturas tem se misturado, a música também vem sofrendo algumas modificações. Visando esclarecer tal profissão é que convidamos a senhorita Mansour para uma conversa com especialista.

Bom dia Althalia, primeiramente agradeço pelo seu tempo cedido para essa matéria. A profissão de DJ ficou afastada das mídias por algum tempo, mas com a reforma da rádio bruxa parece ter voltado com tudo. Mas o que é um DJ?
R: Bom dia Diana, tudo bem? Eu quem agradeço a oportunidade. Pois é, acredito que os DJs estão em falta no mundo bruxo hoje em dia, e é uma pena. Além de um locutor, o DJ é responsável por entender e conhecer o público com o qual trabalha, para que desse modo possa selecionar e reproduzir as composições que mais combinem com o público. Mas isso não basta, é o tipo de profissional que precisa ter segurança nas escolhas e na desenvoltura ao mexer nos equipamentos. Num resumo, a gente reproduz de uma maneira criativa as músicas que sabemos que será do agrado do público!

De onde surgiu o interesse pela música eletrônica? Por que você decidiu se tornar DJ? Como sua família reagiu a essa decisão?
R: Música eletrônica é mais uma coisa relacionada ao mundo trouxa, nós do mundo bruxo não temos esse costume e honestamente é uma preferência não apenas do mundo bruxo ou da RRB, mas também é minha, já que acredito que é uma das coisas que nos diferencia dos trouxas e é uma diferença que me agrada. Mas meu interesse pela música no geral surgiu ainda quando eu era pequena, desde aquela época eu costumava brincar que eu era uma estrela do rock, era minha profissão dos sonhos. Estudei música e eu realmente pretendia seguir carreira, mas quando eu cresci e me formei em Hogwarts, acabei me tornando uma tatuadora, durou pouco tempo, já que a RRB anunciou a vaga de DJ e resolvi me candidatar. Meus pais não apoiam muito essa minha decisão em trabalhar com coisas fora da caixa, mas minha família compreende e respeita isso, até porque agora eu posso ser a DJ oficial das festas no All Star Café.

Eu sei que existe alguns tipos diferente de DJ, e que como trabalha na Rádio você se enquadra nos DJ de rádio, que conversa com o público, cria suas playlists. Mas você já trabalhou como DJ em outro lugar, com outra classificado diferenciado? 
R: Nunca exerci a profissão em outros lugares, costumava mexer com isso apenas no meu quarto ou na sala comunal da Lufa-lufa. Eu também costumava tocar piano, violino e violoncelo, apesar de amar baixo. Na RRB estou tendo minha primeira oportunidade de trabalhar com algo que eu realmente amo.

Quais são suas influências no mundo da música? Seu estilo é bem variado, como você se define?
R: Com certeza As Esquisitonas e Os Duendeiros não podem faltar na minha lista de influências artísticas. Eles realmente fizeram história e são dos motivos que me fizeram querer entrar pro mundo da música bruxa. Mas falando de modo geral, acredito que bandas como PVRIS, Shinedown e Lynyrd Skynyrd são grandes contribuintes, além de outros estilos como Elton John, Lindsey Stirling e Cyndi Lauper. Apesar de ter uma certa direção em gostos musicais, não tenho nenhuma definição para meu estilo, acredito que apenas sigo o que meu ouvido considera bom.

Qual o público que mais pede músicas? E quais as músicas e gênero musical mais pedido no momento?
R: Com certeza o público que mais ouve meu programa são os jovens de Hogwarts. A maioria deles sente curiosidade sobre algumas músicas trouxas, sobretudo aquelas boybands coreanas. Embora a RRB muitas vezes trabalhe com as bandas do mundo bruxo, às vezes tentamos montar alguma novidade, e é bom ter uma ajudinha do estagiário, o Darwin, ele ajuda muito na hora da escolha! 

Para uma DJ feminina a aceitação do mercado é mais difícil?
R: Vivemos num mundo hoje onde temos uma Ministra da Magia representando o Ministério, várias chefes de departamento, uma chefe bruxa em Wizegamot, uma mulher como auror-chefe, o Saint Mungus atualmente tem uma diretora no comando do hospital, a vice-diretoria de Hogwarts também é por uma mulher, o Profeta Diário possui uma editora-chefe e 99% dos funcionários sendo mulheres... Sou muito feliz de viver nesse mundo, e mais feliz ainda por dizer que não tive problemas de aceitação no mercado e acredito que os bruxos são evoluídos o bastante para notarem a importância de tais conquistas! 

O que você aconselha para as pessoas que também querem ser DJs?
R: Aconselho que estudem muito para conquistarem seus sonhos. Não é simples, é necessário muito estudo e foco. Se é algo que você quer de verdade, batalhe e corra atrás!

Para finalizarmos, gostaria que criasse uma playlist que definiria bem seu estilo.
R: Olha, essa é um pouco complicada hein? Mas vamos lá. Skyline Pigeon - Elton John, Tiny Dancer - Elton John, The Bottom Of My Soul - Angra, Simple Man - Lynyrd Skynyrd, Death Of Me - PVRIS, St. Patrick - PVRIS, Save Me - Shinedown e Make Me Wanna Die - The Pretty Reckless

As profissões bruxas diferem das profissões trouxas, ainda que o nome de ambas sejam parecidas. Podemos notar diferenças no modo de atuar em cada uma delas, como bem falou a nossa entrevistada. Uma delas são os equipamentos trouxas usados pelos seus Djs, enquanto nós bruxos somos mais 'exutos' nesse quesito. Os gêneros musicais também diferem, trouxas tem muitos que a cultura bruxa não aprecia. 

O que ambas profissões tem em comum? Um DJ tem que estudar. Sim, estudar e montar uma grande lista de músicas. Atuais ou não, seu arsenal musical deve ser extenso para atender aos gostos diversos. Discotecagem exige trabalho intelectual que não é feito apenas em um programa ao vivo. Ficou com vontade de ouvir mais sobre o assunto? Sintonize na RRB e curta o melhor da nossa música.