Por: Aaliyah Martín del Rio O cigarro e o álcool são vícios comuns não é mesmo? Eles são usados não apenas pela comunidade trouxa a...

VICIADO, MAS NÃO EM VOCÊ MUNDIAIS


Por: Aaliyah Martín del Rio

O cigarro e o álcool são vícios comuns não é mesmo? Eles são usados não apenas pela comunidade trouxa ao redor do mundo como também pela comunidade bruxa. É comum termos vícios, somos todos seres humanos e precisamos de algo que nos dê uma folga da nossa realidade que às vezes é tão difícil de ser vivida. No entanto, deve-se lembrar que a maioria dos vícios são mortais, ainda mais se prolongados por muito tempo, o próprio cigarro e o álcool são causadores de inúmeros casos de doenças mortais e por vezes incuráveis. E outra coisa a ser lembrada é que para nós, os bruxos, os narcóticos trouxas não são nada comparadas ao que os viciados e traficantes mágicos conseguem desenvolver para estimular ou depreciar o cérebro. Apesar da potencia encontrada nas nossas drogas mágicas, esse ainda é um assunto muito pouco discutido tanto pelo Ministério da Magia quanto por toda a sociedade mágica, não só da Grã-Bretanha, como do mundo inteiro. Nesse sentindo, tentamos através dessa matéria, mostrar para vocês leitores, o que o submundo dos cruéis vícios da nossa comunidade fornece para todos nós, corrompendo e destruindo as vidas de seus usuários sem a menor piedade.

A primeira, e talvez a mais conhecida, droga mágica que será citada é algo que apesar de suas propriedades muito úteis para poções, acabou tornando-se alvo de viciados em alucinações e estados de letargia... O cigarro de Mandrágora. Sim, essa planta que é muito usada para o tratamento de pessoas que foram de alguma forma transformadas e/ou enfeitiçadas (muitas vezes, paralisadas), pode e é muito usada como um tóxico depreciativa do sistema nervoso. Isso significa que quando alguém traga um cigarro feito das folhas de uma Mandrágora adulta acaba tendo a atividade do seu cérebro diminuída e seu organismo passa a ficar mais lento, e além disso também podem desenvolver alucinações que modificam a percepção de cores e formas, tornando a visão distorcida. O uso de cigarros de Mandrágora afeta diretamente o sistema nervoso por inteiro, se prolongado, o usuário pode passar a perder sensibilidade em regiões específicas do corpo, como braços, pernas e genitais, além de ocorrer a morte de células cerebrais, o que pode resultar até mesmo em coma. Um outro uso da Mandrágora adulta como entorpecente, este sendo menos conhecido, é a ingestão de lascas de sua raiz pura. Os efeitos desse alucinógeno se assemelham ao estimulante trouxa de nome Ecstasy, fazendo com que o sistema nervoso do usuário se acelere de forma completamente anormal, também pode resultar em alucinações semelhantes às causadas pelo cigarro da planta. Entretanto, essa forma de droga parece ser mais mortal, podendo causar paradas cardíacas aos usuários dela, outros efeitos ainda estão sendo estudados.

A próxima da nossa lista é outra cujas utilidades na vida bruxa foram completamente esquecidas e corrompidas para ser usada como entorpecente, estamos falando do Pó de Flu. Isso mesmo, aquele pozinho que faz com que sejamos levados de uma lareira a outra quando bem entendemos, pode e é muito usado por viciados em toda a Grã-Bretanha para satisfazer seus vícios. O efeito dele é rápido e incrivelmente curioso, após cheirar (isso mesmo, cheirar) o Pó de Flu, o usuário senta-se na lareira e diz um lugar para o qual deseja ir... As chamas então saem de dentro dos pulmões dele pelas narinas e boca, envolvendo todo o corpo, levando-o a um estado de êxtase e euforia quando sai da lareira para a qual foi transportado. Apesar de não prejudicar através das chamas (uma vez que elas naturalmente não têm calor), o uso inapropriado do Pó de Flu resulta em muitas vezes lacerações e mutilações dos bruxos usuários. Há casos registrados em que o usuário teve apenas o tronco transportado pela lareira, enquanto o resto de seu corpo, a cabeça e os membros, permaneceu em um local. Além disso, os cristais do Pó de Flu ferem as narinas do usuário, resultando em sangramentos constantes e coceira, tornando fácil de se identificar seus dependentes caso haja um grande gasto do item mágico em casa. É sem dúvidas a mais viciante de toda nossa lista, só é preciso um uso para que o bruxo se vicie completamente e torne-se dependente do Pó de Flu.

Chegamos então a algo que não é tão comum na Grã-bretanha, mas tem ganhado certa popularidade devido ao tráfico mágico das criaturas relacionadas a isso. No caso, estamos falando do veneno de Gira-giras. Talvez seja a “droga” pela qual as pessoas possuam uma maior conscientização devido ao fato de ser citada nos livros escolares que tratam desses insetos australianos. O veneno do Gira-gira causa um breve estágio de náusea, seguido rapidamente por levitação. Muitos jovens fazem com que várias dessas criaturas piquem a si mesmos para ter essa sensação de forma prolongada, podendo durar até mesmo dias, e em pessoas alérgicas, para sempre. Este é o único narcótico da nossa lista que pode ser usada por trouxas sem causar a morte instantânea, causando fortes náuseas seguidas de parada cardíaca em membros da comunidade não mágica. Recentemente, foi descoberto que o uso constante e excessivo de veneno de Gira-gira, além de causar levitação permanente, pode levar a danos no fígado e nos rins devido ao fato de ser um veneno injetado diretamente no corpo do indivíduo.

O último a ser citado geralmente tem algo a mais não? E isso não é diferente na nossa lista, resolvemos deixar esse entorpecente no último lugar da nossa lista por ser algo incrivelmente curioso e pouco conhecido pela população mágica ao redor do mundo, mas que tem ganhado espaço entre os usuários de drogas estimulantes: a Bursting Machine. Sendo um narcótico inteiramente sintético, o mais mortal e o mais caro de toda nossa lista, a Bursting Machine é feita com secreção explosiva de Erumpente diluída em uma mistura de Poção Warm Shadow com várias ervas sedativas. Devido à raridade dos seus ingredientes, ela tornou-se um artigo de luxo que apenas pessoas de alto escalão têm dinheiro para comprar e usar, sendo também a principal causa de morte de bruxos importantes e ricos do continente Africano. Os usuários descrevem a sensação pós-injeção (sim, o líquido é injetado diretamente nas veias pelo uso de uma seringa) como sendo um momento de êxtase tão grande que sequer conseguem se mexer, ficando paralisados por um período de alguns minutos enquanto sentem algo semelhante a mil orgasmos simultâneos. A explicação para essa sensação é muito simples, a secreção de Erumpente passa a impregnar-se em todo o sistema nervoso do usuário depois de alguns segundos, levando à explosão simultânea de milhares de neurônios e conexões nervosas. Isso em teoria deveria causar uma dor mais insuportável que a dor proporcionada pela maldição imperdoável C, mas pelo fato da secreção estar diluída na poção Warm Shadow (cujo efeito normal é deixar a pessoa imune à queimaduras por fogo) em conjunto com as ervas sedativas, a sensação da dor e agonia passa a ser entendida como prazer pelo cérebro, resultando no efeito esperado pelos usuários. No entanto, há um grande preço a se pagar pelo uso desse entorpecente, dados dizem que apenas um em cada vinte usuários sobrevive a uma aplicação de dosagem igual a 5 mL da droga, sendo que o comumente usado é de 10 mL, e nesse segundo caso, nenhum dos vinte usuários da pesquisa sobreviveram. Além dessa incrível taxa de mortalidade, quem sobrevive à aplicação da Bursting Machine pode sofrer de coma profundo e/ou paralisia total dos membros, é citado ainda que a maioria, ao acordar do coma, entra em estado vegetativo. A morte de uma pessoa por essa droga não é algo bonito de se assistir, o bruxo começa a ter fortes convulsões e em seguida sua cabeça explode, deixando que uma fumaça de cor arroxeada saia de dentro da cavidade cerebral.

E assim finalizamos nossa lista sobre entorpecentes mágicos. Lembramos e fazemos questão de enfatizar que o Profeta Diário não incentiva e aconselha insistentemente que os leitores não se arrisquem a experimentar nenhuma das drogas citadas nesta reportagem, nem as não-citadas, de forma a manter a integridade e saúde pessoal de cada um de vocês. Esperamos que com uma exposição pública igual a essa que foi feita, o Departamento de Saúde e Medibruxaria do Ministério da Magia tome providências e elabore campanhas para a conscientização da comunidade bruxa sobre o uso de tais entorpecentes. Agradecemos a atenção de todos os leitores.