Por: Peter Chthon Donati As férias finalmente chegaram, pelo menos para os estudantes de Hogwarts e funcionários do colégio, poi...

Que tal visitar Moscou?




Por: Peter Chthon Donati

As férias finalmente chegaram, pelo menos para os estudantes de Hogwarts e funcionários do colégio, pois o pessoal do ministério, do hospital Saint Mungus, e até nós, aqui do PD, estamos trabalhado que nem condenados. De qualquer forma, resolvi aproveitar esse clima de curtição e realizar a árdua tarefa de sair pelo mundo, viajando e visitando pontos turísticos belíssimos, tudo para ajudar vocês, leitores, a economizar grana e escolher um destino que mais combine com seus gostos. E para começar nosso roteiro turístico, essa dica vai para quem gosta de frio e neve, e está achando que afundar as botas em 20cm de gelo, aqui no Reino Unido, está pouco. Sim, nosso primeiro destino é a terra do tio Vlad, também conhecida como Rússia. Digamos que para a galera que curte muito o agito, esse não é um local muito indicado. Grande parte das atrações turísticas está ligada a história do país e do mundo, além de possuírem detalhes realmente interessantes sobre a influência dos bruxos na sociedade Trouxa.

Quem visita Moscou, definitivamente não pode passar pela cidade sem conhecer a Catedral de São Basílio. A princípio a história dela é bem monótona, e dizem que sua construção foi ordenada pelo Czar Ivan, o Terrível, porque ele conquistou uma cidade. Entretanto, tudo se torna mais interessante quando descobrimos que o seu arquiteto, Postnik Yakovlev, era um bruxo e, pasmem, nem arquiteto era. Pelo que se sabe, Yakovlev era um Herbologista relativamente frustrado, que em vez de trabalhar, ficava testando os efeitos das plantas em seu próprio organismo. Inclusive, dizem que foi ele que descobriu os efeitos alucinógenos da mandrágora. E foi numa dessas “viagens” que ele teve a visão de um prédio “muito louco”, segundo suas próprias palavras. Sua obsessão se tornou tão grande, que não se sabe como - provavelmente com alguma magia ilegal - ele convenceu o Czar que era um arquiteto, e conseguiu fazer com que seu projeto fosse construído. Não é difícil perceber que toda a Catedral de São Basílio lembra bastante às imagens vistas durante uma viagem de ácido, com as cores muito vibrantes e as formas distorcidas. Dizem às lendas que o Yakovlev era tão doido, que ao terminar o projeto, achou que seria divertido lançar feitiços aleatórios em si mesmo. Um deles acabou sendo uma versão realmente forte do Conjuctivictus. A primeira pessoa a encontrá-lo - momentaneamente cego e com os olhos em um estado catastrófico - foi o próprio Czar. O evento deu origem à lenda de que Ivan, o terrível, teria cegado o arquiteto para que este não pudesse construir algo tão magnifico para mais ninguém. Lógico que tudo não passou de uma história falsa, pois, depois de um tempo, Yakovlev voltou a enxergar e realizar outras obras doidas pela cidade.

Outro ponto interessante para ser visitado na capital Russa, é o Kremlin: Local onde se localiza a sede do governo e serve de moradia para diversos chefes de estado russos. Existe uma lenda interessante envolvendo essa construção, e demonstra mais uma vez como nós, bruxos, influenciamos a história trouxa, muitas vezes sem querer. Conta-se que no ano de 1812, seis adolescentes, recém-formados na escola de magia, saíram para comemorar sua formatura. Depois de muitas vodcas consumidas, os jovens acharam que seria legal depredar o patrimônio público (sabe como são russos, né) e começaram a lançar feitiços em algumas torres que compunham o Kremlin, fazendo uma espécie de competição para ver quem era o mais poderoso e conseguia destruir mais coisa. O lance é que quando seis torres estavam praticamente destruídas, coincidentemente, estava passando por ali um exército inimigo (nessa época a Rússia estava lutando a Guerra Patriótica de 1812), e seu comandante, um cara pouco conhecido chamado Napoleão Bonaparte, que vendo toda aquela depredação resolveu tomar a culpa – e a gloria – para si. Até hoje Napoleão é associado à destruição de seis torres do Kremlin, já os jovens bruxos? Ninguém se lembra deles.

Saindo do Kremlin, chegamos a Praça Vermelha. É um bom lugar para se visitar, mas não existe nada de extremamente interessante. Para quem curte historia dos Trouxas, vale a pena conhecer um pouco mais a fundo a importância do local, mas se você está mais focado em se divertir e descobrir os lugares mágicos, siga reto, pois você chegará em Kitay-Gorod. O bairro possui toda uma história bacana e é um dos poucos pontos turísticos onde rola certo agito, havendo diversos bares e toda uma vida noturna. Só por isso já valeria a pena visitá-lo, mas lógico que nós não somos turistas convencionais, então queremos algo mais. Algo interessante sobre esse local, é que ele é repleto de hospedagens, e muitas dessas casas são uma espécie de Caldeirão Furado. Sim, elas dão acesso ao “Beco Diagonal Russo”, um local realmente divertido de se visitar e se fazer umas comprinhas. É também nesse bairro que fica a Estação Kitai-Gorod, que é justamente o que seria para nós a Estação de King's Cross. Lógico que não é tão simples assim, pois os russos possuem todo um modo diferente de chegar até sua escola de magia, mas pelo que me foi informado, é na Estação de Kitai-Gorod que tudo começa, e acaba sendo legal dar uma conferida nela.