Por: Peter Chthon Donati
O Japão, e principalmente a cidade de Tóquio, também é um lugar repleto de cultura e pontos turísticos históricos. A diferença para a Rússia, é que aqui podemos encontrar mais agito e um clima muito mais agradável (para os que não são fãs do frio). Um dos primeiros lugares a serem visitados é a Torre de Tóquio. Sim, a princípio pode ser chato pensar na ideia de se visitar uma torre, mas lógico que, apesar do nome, o local não é só isso. É possível encontrar alguns restaurantes, museus e até umas lojinhas, o que pode ser uma boa pedida para quem gosta de fazer compras. Além disso, o ponto está presente em grande parte da cultura popular Trouxa, sendo que já foi destruída por clássicos personagens como Godzilla, King Kong e Mothra – sendo esse último um pouco menos famoso entre os jovens. De qualquer modo, diferente da Catedral de São Basílio, aqui o bruxo envolvido em sua construção era realmente um Arquiteto, e ele se chamava Tachū Naitō.
Apesar de muita gente não concordar com essa história, conta-se que na época do colégio Tachū era obrigado a ver, toda vez que abria a janela do dormitório, a bandeira das casas rivais - no Japão sempre que uma casa vencia a copa, ela podia “se vangloriar” durante todo o ano seguinte. Como estudante, o arquiteto nunca conseguiu vencer uma copa das casas, por isso vivia frustrado ao ver as bandeiras das casas rivais pelo colégio. Pelo visto foi isso que fez com que ele jurasse para si mesmo que um dia todos em Tóquio seriam obrigados a ver as cores da sua amada casa todo o dia. E não deu outra. Quando o governo japonês começou os projetos para a construção de uma torre, Tachū Naitō foi escolhido como arquiteto devido ao seu renome, mas principalmente porque o homem alegou que seu projeto poderia suportar terremotos com uma intensidade extremamente grande ou tufões com velocidades acima de 220 km/h. Lógico que isso tudo não era devido ao desenho, mas sim as magias de proteção. O lance é que por muitos anos a torre de Tóquio foi à construção mais alta da cidade, e suas cores? Eram laranja e branco, cores que para os trouxas dizia respeito às normas de segurança, mas que curiosamente eram as mesmas da casa que Tachū Naitō tinha sido selecionado no colégio.
De qualquer forma, se a Torre de Tóquio já pode dar um gostinho ao pessoal que visita a cidade a fim de fazer umas comprinhas, o local preferido dos gastadores de plantão é a Rua Takeshita. O lugar tem tanta loja, que é praticamente impossível de narrar apenas as principais. Definitivamente um passeio pela Rua é um exercício sofrido para o seu bolso, pois definitivamente você encontrara várias coisas que gostaria de levar para casa. Conta-se que muito antigamente a Rua Takeshita dava acesso ao um local praticamente parecido com ela, mas acessado apenas por bruxos. Sim, seria o “Beco Diagonal Japonês”. Entretanto, com o passar dos anos, e a chegada desenfreada de inúmeras lojinhas, fizeram com que o ponto exato, que permitia essa passagem, acabasse se perdendo e sendo esquecido pelas gerações mais jovens. Lenda ou não, a verdade é que todo ano muitos bruxos visitam e exploram o local com uma minuciosidade doentia, tudo para achar a essa famosa passagem. Mas até agora nada foi encontrado. Pra quem ainda gosta de agito, também aconselho que façam uma visita no distrito de Roppongi. O local não tem nenhuma história bruxa aparente, mas é um ponto repleto de inúmeras boates, e diversos pontos interessantes.
Saindo um pouco da turbulência, um ponto que não se deve deixar de conhecer é Odaiba. Na minha humilde opinião, o passeio já vale a pena por saber que o lugar se trata de uma ilha artificial construída em cima de entulhos. O quão louco e incrível é isso?! Mas se isso não lhe satisfizer, saiba que toda a ilha é um importante centro comercial, residencial e de lazer, então não faltarão coisas legais para se curtit. Além disso, é um dos dois locais onde o litoral é acessível área metropolitana de Tóquio, ou seja, se quiser curtir uma prainha, aqui é o ponto certo. Os detalhes da construção de Odaiba são ainda um pouco incertos. Os Trouxas possuem todo uma história bem formulada em sua cabeça, mas sabe-se que ela foi plantada pelo ministério da magia japonês depois de um grande processo de Obliviação em praticamente toda a população. Até mesmo para nós, bruxos estrangeiros, os detalhes seguem ocultos, e dizem que apenas membros mais altos do ministério sabem da verdade. A questão é que na época algo catastroficamente magico causou a formação de todos esses detritos em Tóquio, e a única alternativa aparente foi incinerá-los, jogar terra em cima, e construir uma ilha artificial. De qualquer modo, apesar da história negra, isso não tira o brilho do lugar e é muito indicado para ser visitado.
Por fim, seguindo uma onda de mais calmaria, outro ponto turístico extremamente belo e que você não pode deixar de conferir, é o Koishikawa Kōrakuen um jardim extremamente antigo, construído no ano de 1629. Não preciso dizer que o local também é repleto de misticismo e magia, e lar de diversas criaturas mágicas que sempre viveram pacificamente por ali, o que acaba sendo algo estranho, visto que muitas delas têm fama de serem bastante letais. Verdade seja dita, ninguém costumava incomodá-las, o que provavelmente é o motivo para viverem em paz. Não é raro ouvir relatos de Trouxas afirmando terem avistado alguma coisa estranha pela água, ou pelas pedras, além de muitos jurarem pela sua própria vida que enxergaram um Kappa, criatura tratada como uma lenda pelo pessoal que não é dotado de magia. Apesar de todo mundo tratar essas pessoas como lunáticos, e acharem que tudo não passa de um boato, o fato é que um bruxo pode facilmente encontrar diversos Kappas passeando por ali, assim como alguns Sereianos e Gryndlows, mas em menor quantidade visto que essas criaturas têm a preferência pelos mares e lagos britânicos.