Por: Otto Rewards Wittelsbach
Decidi falar sobre a evolução da moda desde tempos primórdios até os dias atuais, em que vivemos. Não adianta falar de moda, se as pessoas não conseguem entender a história, a essência de cada peça ou acessório de luxo. Andei pensando e o interessante seria mostrar sobre a moda do início, onde começou a ter um foco e assim a ser tão estimada nos dias atuais. Na Idade Média, o estilo das roupas tomou outro rumo, rasgando tudo das influências gregas e romanas e começando um novo modelo, uma nova era. Desde então, começaram a ser confeccionadas com fibras de algodão, seda (tipo de tecido produzido por meio de uma técnica milenar da sericultura, e em sua cor original). No entanto, elas assemelhavam-se às peças das pessoas que ocupavam posições sociais mais elevadas da época: os reis, duques, condes, líderes religiosos, senhores, cavaleiros, dentre ouros. As roupas da Idade Média, usadas pelos trabalhadores do campo, possuíam cores marrons e ocres e isso os distinguia dos nobres. A moda foi se desenvolvendo e obteve inovações. Artesãos confeccionavam as roupas.
Passou dos simples vestidos longos e de cor natural, para os mais trabalhados: detalhados com fios de ouro e prata e desenhados em relevo. No contexto dos camponeses mudou também. Eles passaram a usar os modelos azuis produzidos com ureia. Os burgueses estavam lucrando com o comércio, o que lhes permitia comprar as roupas iguais às dos nobres. Eles, por sua vez, buscavam formas e modelos diferentes para não se deixar igualar pelos comerciantes. O ramo das roupas cresceu proporcionalmente ao intento dos mercadores de imitar os nobres. Deu início ao começo desta competição no mercado da moda, onde tudo finalmente começou dando início a criatividade humana.
- Moda na Idade Moderna
Foi a época da globalização, em que o navegador Vasco da Gama executou sua viagem às Índias, em prol de negociações entre dois pontos comerciais. No mesmo período, houve a descoberta do Novo Mundo. Enfim, o comércio expandiu suas fronteiras, mas só em território continental. A comercialização das especiarias do Oriente na Europa se deu nesse período. As totalizações, as variedades começaram a ficar mais importantes, tendo um grande enfoque para os costureiros. Os nobres renovaram o visual com o uso da renda, do cetim. Estavam em foco tecidos como o linho, a lã e o algodão. As máquinas de costura começaram a funcionar a todo o vapor. Tem-se a distinção de vestimenta entre homens e mulheres. A roupa feminina cada vez mais se sobressai. Os vestidos longos valorizam o corpo, com o aparecimento dos decotes, o desenho dos quadris e etc. A moda masculina caminhava para as calças curtas e bufantes. Essa peça realçava a genitália por meio de um bojo, de forma a passar a ideia da virilidade.
Na França, o rei Luís XV, de certa forma, acabou por lançar um estilo ousado. Ele aderiu ao uso dos saltos altos (algo que hoje muitos homens remeteriam a práticas de homossexuais e travestis). No mesmo contexto da Idade Moderna, a praga de piolhos era algo que atacava impetuosamente a sociedade. Com isso, houve o aparecimento daquelas longas perucas, que os nobres vestiam. Maria Antonieta, arquiduquesa da Áustria e última rainha da França, era muito vaidosa. Ela abusava de penteados, chapéus, babados, joias, vestidos, a mais pura luxúria. Novos desenhos, cortes e costuras foram incorporados pelos artesãos, uma mistura da arte rococó e a moda. O exagero em prol de demonstrar quem realmente mandava ficava bem evidente nessa moda bem peculiar. Na próxima edição vamos pular muitas eras e chegar finalmente em algo um pouco mais interessante, alguém já ouviu falar da história das calças jeans? É uma junção de histórias bem interessante de como esse acessório trouxa chegou aos guarda roupas bruxos.