A relação entre a saída dos Vipers do refúgio bruxo e a chegada da Confederação Internacional Redator:  Natsu Nomura Sakurai Atualmente, o ...

Onde Estão Os Vipers?

 A relação entre a saída dos Vipers do refúgio bruxo e a chegada da Confederação Internacional


Redator:  Natsu Nomura Sakurai


Atualmente, o refúgio bruxo é coordenado, em sua maioria, por bruxos que antes trabalhavam no Ministério da Magia, dada a experiência com o tipo de serviço de controle, regulamentações e leis. Chamados de Conselho, o grupo tomou forma através de bruxos que se juntaram para coordenar melhor a população que começou a morar no refúgio, essa que crescia a cada semana. A chegada da Confederação Internacional no refúgio, nos últimos tempos, abriu margens para uma estruturação ainda melhor desse Conselho, de forma que se é possível ver uma organização parecida com o Ministério da Magia que antes tínhamos. Se um novo Ministério da Magia Britânico realmente está sendo criado ainda não sabemos no tempo em que esta matéria está sendo escrita, tão pouco onde seria a sua localização, no entanto, é claro para os moradores da ilha que o Conselho está se mobilizando, tornando-se mais robusto, assim como a Confederação Internacional faz o seu papel com veemência, deixando claro ser transformador e, ao mesmo tempo, de supervisão, dado a como, em tempos anteriores, o Ministério da Magia Bretão não foi capaz de esconder ou lidar com o escândalo da captura da Ilha Alderney pelos Vipers. E por falar nos Vipers, essa discussão trata-se justamente sobre eles. A Confederação Internacional pode estar chefiando os esforços do refúgio no momento, no entanto, qualquer morador mais antigo do local pode afirmar que, em tempos passados, os Vipers eram aqueles que ditavam as regras.


Para termos um testemunho acerca das afirmações ditas, convidamos Aloha Kosey para uma entrevista. A mulher, cujo último cargo no Conselho foi de Chefe do Conselho de Ocorrências e Catástrofes Mágicas, esteve no refúgio durante vários períodos da história do local. Perguntamos, inicialmente, como os Vipers agiam sobre o Conselho do refúgio nos seus primórdios. "Eles idealizaram o Conselho, né, e uma ideologia um tanto deturpada e supremacista se instaurou a partir disso: algumas situações que fossem consideradas "traição" ou "ações graves", digamos assim, eram punidas com a morte do indivíduo sem nem haver direito para um julgamento. Isso, inclusive, era algo que eu e muitos colegas tentamos intervir e contestar. Mas, com sorte, não houve necessidade de medidas tão extremas, o que me deixou absolutamente aliviada! No mais, eles estavam sempre ali, mas nós do Conselho é quem cuidávamos das funções... Sendo eu uma das chefes de conselho, tinha um contato direto e era responsável por mantê-los informados." Aloha respondeu com um tom de voz firme. Sendo assim, no passado, os Vipers ainda dominavam o refúgio e exerciam sua vontade através do Conselho que, apesar de ter sido formado a partir de bruxos voluntários dispostos a trabalhar em prol de “por ordem na casa”, ainda eram obrigados a se curvar diante da ideologia formulada pelo grupo que possuía maior supremacia. Em investigações, descobrimos que os casos de traição informados por Aloha usualmente tinham a ver com a possível entrada de trouxas ou purgantes no refúgio, onde o suposto traidor deveria ser morto, seu corpo destruído e tudo relatado para a chefe dos Vipers, a já bem conhecida Nyx El Bianco, o que deixava claro a sua soberania e de seu grupo sobre os refugiados.


No entanto, com o passar do tempo, o Conselho se tornava cada vez mais autônomo para cuidar de suas funções. A presença da ideologia dos Vipers ainda era visível, mas a presença deles em si ia se tornando a cada dia mais evasiva, como se a atenção do grupo não estivesse mais no refúgio que estava aprendendo a se virar com mais autonomia. Perguntamos a Aloha Kosey sobre o momento em que os Vipers pararam de exercer sua influência sobre o Conselho. "Ah, essa é engraçada... Num belo dia a gente acordou, ficou sabendo que a Confederação Internacional ia começar a se meter e eles zarparam. Claro que não foi surpreendente, até porque todos sabíamos que não era a intenção deles cuidarem do Conselho para sempre, eles estavam ali para dar estrutura, digamos assim... Ditar as regras e essas coisas, mas a partir do momento em que cada um aprendeu a lidar com sua função, era menos frequente vê-los, a não ser que uma ou outra coisa acontecesse, bem como receber relatórios dos chefes de conselho e essas coisas." A Chegada da Confederação Internacional foi um marco para a saída dos Vipers da região. Como dito por Aloha, ao que tudo indica nunca foi uma prioridade dos Vipers cuidar do Conselho para sempre ou sequer chefiar o refúgio de forma permanente, ou seja, o terreno já estava preparado e suscetível à chegada da Confederação. O Conselho saiu de uma chefia para a outra, só restava saber como seria essa nova direção.


A pergunta que não quer calar é, onde estão os Vipers? Para onde foram depois de seu êxodo do refúgio bruxo? A chegada da Confederação Internacional ao refúgio também está ligada aos acontecimentos do continente. A queda da barreira que vedava a Grã-Bretanha certamente foi um marco, momento em que a Confederação ficou ciente das coisas que estavam acontecendo na ilha Bretã, indo atrás de informações e querendo resolver a questão da guerra que, queiramos ou não, ainda pode ameaçar o resto do mundo caso seja vazada em seus fatos. Atualmente, o continente enfrenta uma situação de cessar-fogo, no entanto, a pergunta ainda continua vigente. Por onde andam os Vipers? Quais são os seus planos? A incerteza paira sobre a mente da sociedade bruxa que, outrora, viu o grupo chefiado por Nyx tomar uma ilha inteira para si sem grandes cerimônias de sigilo, mas agora parece ter atitudes por debaixo dos panos, agindo de uma forma totalmente diferente à qual já foi apresentada. A violência jamais será algo que a sociedade como um todo busca, o final da guerra é algo que grande maioria dos bruxos reza para alcançar, no entanto, é notável que várias lacunas aparecem sem serem preenchidas, lacunas que a população não pode ver, lacunas essas que talvez sejam políticas e bem mais complicadas do que o que antes era, uma "simples" guerra entre trouxas e bruxos.


Mesmo com os vários atos chocantes, como o caso da Ilha Alderney, e pouco compreensíveis, como a saída deles do refúgio, é inegável a participação que a organização teve de instaurar o refúgio da forma como os bruxos o conhecem hoje em dia, um lugar seguro que oferece uma vida distante da guerra. Com a saída dos Vipers do local e a chegada da Confederação Internacional, a população continua na esperança de dias melhores para suas vidas e para o mundo bruxo, no entanto, segue difícil afirmar em qual grupo depositar a confiança, como nos mostra o depoimento de Autumn Rosales, enfermeira do Centro de Cura do refúgio. "Bom, eu entendo que, quando tudo isso começou, os Vipers fizeram muitas coisas reprováveis, mas tenho que admitir que sempre me senti muito segura no refúgio com eles, mesmo no meio de toda essa guerra horrível. Eu quero acreditar que a chegada da Confederação Internacional significa que as coisas vão melhorar e que poderemos deixar essa situação para trás de vez, mas não confio muito em autoridades em geral, então não estou 100% otimista. Sentirei falta da segurança que os Vipers transmitiam".