Como estão os locais que já foram considerados os mais seguros e fortes da comunidade bruxa britânica após tantos momentos difíceis? ...

Um Memorial ao Passado

Como estão os locais que já foram considerados os mais seguros e fortes da comunidade bruxa britânica após tantos momentos difíceis?

Redator: Beatrix Lisbeth Firebird Salvatore

Mais de um ano se passou após o dia que assistimos o Ministério da Magia ruir, levando com ele trabalhadores e trazendo de forma massiva o exército Britânico em ataque ao mundo bruxo. Trouxas naquele dia não só assistiram o Ministério da Defesa cair, como descobriram onde o governo bruxo se encontrava e desde então não existe mais local seguro para nossa comunidade. Pouco depois deste fatídico dia, enquanto muitos ainda se recuperavam de tais acontecimentos, o hospital bruxo St. Mungus foi evacuado às pressas, tornando-se não muito depois, alvo de um ataque dos militares trouxas.

Passando pela loja de roupas femininas, que era a fachada trouxa para o Hospital St. Mungus, como uma transeunte qualquer, foi possível notar a presença de militares fazendo guarda dentro e nos arredores. Muito desconfiados, eles não só portavam armas de fogo visíveis, como pareciam entrevistar todos que se aproximavam mais que o normal de um determinado ponto próximo da vitrine da loja. O lugar onde o antigo e horroroso manequim foi retirado dali e a placa de “reforma” permanece, como uma velha lembrança do passado. Perguntei para um florista que ocupa o outro lado da calçada sobre e ele disse que “Depois que os homens de preto invadiram a loja, nunca mais foi deixado manequim nenhum ali”, diz ele com um tom de especulação, além de continuar “mais curioso ainda, é que todos aqueles homens e mulheres de verde nunca mais apareceram pelas redondezas”, finaliza ele, eu o deixo voltar ao trabalho, evitando chamar atenção dos guardas do local.

O que esse senhor nos diz não é nada além do que sabemos, funcionários do St. Mungus usavam a cor verde em seus uniformes e desde a tomada do local onde o hospital era localizado, nenhum mais foi visto ali. Os “homens de preto”, são na verdade os próprios militares, que usam roupas de couro de dragão, que supomos ser sintético. Mas se engana quem pensa que é diferente a visão onde um dia foi o Ministério da Magia, que hoje nada mais é que um local “fechado para reformas”, enquanto por dentro, o grande buraco ainda em investigação pelo exército britânico e seus sistemas de “inteligência da informação”, não tem paz. Onde um dia foi o Ministério da Defesa Britânico para os trouxas, hoje é um dos locais mais bem guardados, com soldados em cada uma das esquinas do quarteirão, e certamente, homens e mulheres a “paisana” e claro, alguns purgantes, bruxos que são traidores da nossa gente e vendem informações aos trouxas, prontos para capturar algum desavisado que ouse se aproximar demais do local.

Passei um dia em frente ao endereço, onde entrei em um dos prédios trouxas que sobreviveram bem ao abalo sísmico causado por Nyx e seus asseclas naquele triste dia, meu aluguel de uma das salas me trouxe bons frutos, já que de onde estava, tive visão não somente da cratera, como de toda segurança em volta. Na saída, passei por um dos guardas e me apresentei como jornalista, perguntando sobre o serviço que vinha sendo realizado e apenas recebendo a informação de que era ”Um trabalho sigiloso”, antes que ele desconfiasse, deixei as ruas rapidamente.

Ainda estamos nos reerguendo de tantos momentos devastadores, não sabemos o futuro ou o que nos reserva o amanhã. Muitos segredos no entanto é fato que continuam no oculto,  e um deles, se não o principal de tais segredos, é a tamanha urgência quanto ao buraco em Londres, ou o mesmo já teria sido fechado e provavelmente um memorial trouxa erguido, como vimos acontecer em outras ocasiões. Dedico esta peça para as famílias que perderam entes queridos no dia da queda do ministério e aos tantos trabalhadores e pacientes do Hospital St. Mungus que resistiram e se mantém resistindo. Mais de um ano se passou, mas continuamos fortes e em busca de respostas.