Sem uma temporada de jogos ou nenhum torneio acontecendo, como os jogadores tem se sustentado?
Redator: Beatrix Lisbeth Firebird Salvatore
Desde a queda do Ministério da Magia Britânico, os jogos de quadribol estão suspensos de maneira oficial, tornando a viabilidade dos times em manter os contratos cada vez mais precária e dessa forma, fazendo com que muitos jogadores profissionais parassem para rever suas opções de sustento, afinal, nem todos tem a mente preparada para manter uma boa reserva diante de tempos de crise. Mas além disso, mediante a crise econômica após a invasão do Beco Diagonal que não era esperada por ninguém da comunidade bruxa, muitos desses jovens tem buscado diversos meios para se manter, seja financeiramente falando ou buscando oferecer um pouco de conforto ao próximo, na forma do entretenimento.
Em uma conversa com três membros desse grupo vasto de esportistas, conhecemos o perfil de alguns deles mais de perto, como o caso do goleiro do Pegas de Montrose, Aidan Braddock Salvatore ”Atualmente eu venho seguindo os cronogramas que a equipe de comunicação do time determina, seja entrevistas, festas de arrecadação de fundos para famílias desabrigadas e sem meios de se manter”, mas ele ainda conta um pouco do que tem feito para se manter financeiramente ”Eu ando investindo em algumas aparições públicas, além de algumas festas onde recebo algum valor extra, geralmente nada demais”. Outros membros do time vem seguindo o mesmo modelo, investindo em ajudar ao próximo e se mantendo presente, mesmo recebendo menos.
Indo mais a fundo na comunidade, conhecemos também a jovem Nimue Soyad Verrückt, goleira e capitã do Vespas de Wimbourne, jogadora de um time do que conhecemos como “segunda divisão”, mas que vem enfrentando dificuldades com a situação econômica atual dos times. ”Felizmente nunca precisei usar muita coisa dos meus ganhos com o quadribol para me sustentar, já que moro sozinha e nunca fui muito materialista, então não é como se estivesse sendo difícil me sustentar atualmente com todos esses problemas”, nos conta a goleira do Vespas, e ainda assim, isso não é tudo, ela nos conta um pouco de como sempre recebeu ajuda dos pais e que busca retribuir esse carinho, além de ajudar aos irmãos mais novos ”Ando fazendo alguns bicos como enfermeira, já que estudei saúde mágica antes de me dedicar totalmente ao quadribol e isso vem sendo de grande ajuda”, confessa a jovem Verrückt.
E ainda entre o Vespas, temos mais um relato sincero do quanto as mudanças estão batendo a porta de todos ”Olha vou ser bem sincera com você Bea, não está sendo a coisa mais fácil do mundo. A gente sabia que ia ter problemas com tudo o que vinha acontecendo mas o fim dos contratos foi algo que pegou a maioria de surpresa. Acho que nunca pensamos que chegaria assim tão longe e tão rápido, as coisas são sérias demais, mesmo assim temos que nos virar e dar o nosso jeito”, confessa Ray Habsburg Campbell, apanhadora do time. Com seu jeito direto e pé no chão, ela ainda nos fala sobre como tem administrado a situação financeira ”Não posso reclamar do valor que eu recebia como jogadora profissional da segunda divisão, pode não ser uma quantia milionária mas era um salário realmente bom e eu nunca precisei de muito para me manter, por isso eu pude guardar grande parte do dinheiro e investir de diversas maneiras. No momento eu estou vivendo de parte do dinheiro investido, o que eu consegui resgatar e com muita cautela. Mas tenho alguma ajuda de pessoas próximas que podem estender a mão em momentos de necessidade. Por sorte ainda não cheguei a tal necessidade, mas não sabemos quanto tempo isso tudo vai durar, estou tentando ser otimista sem deixar de ser realista”, finaliza a jovem Campbell.
Chegamos ao fim dessa conversa com uma certeza de que tudo que precisamos neste momento é nos mantermos próximos uns dos outros, ajudando ao nosso ‘vizinho’, que nem sempre está ao nosso lado fisicamente. Nossos jogadores favoritos tem se mantido na ativa de uma maneira ou outra, vamos compartilhar tão sentimento e nos fazer presentes para eles também, afinal, quem sabe quando não os veremos rasgando os céus em suas vassouras e nos fazendo sorrir novamente, não é mesmo?