Um final feliz em tempos de aflição! Finalmente o fio do destino cumpriu seu papel e enlaçou um casal muito querido e amado por amigos e familiares.
Redatora: Bella L. Cahors
Você já ouviu falar da lenda Akai ito? Muito famosa em todo continente asiático e muito difundida no Japão, a história conta que os deuses amarram uma corda vermelha invisível nos tornozelos dos homens e mulheres que estão predestinados a ser alma gêmea; essa linha pode se esticar, se embolar, mas jamais se partir. Por mais que essa lenda pareça ser apenas um conto fantasioso, descobri que isso pode sim ter um fundo verídico; dias atrás fui convidada a participar de um casamento bastante significativo... Com noivos que são primos, motivo de desconforto e até problemas familiares já que a união não era bem vista pelos demais.
Max Rathbone Tiger e Wendy Fairy B. Rathbone parecem de fato estarem ligados por aquele fiozinho do destino, cresceram juntos e mesmo estando próximos, o amor só floresceu de fato no último ano em que frequentaram Hogwarts. Entre altos e baixos, nós e pequenos embaraços os dois acabaram se distanciando, ou seja, o fio se esticou um pouco mais... Wendy foi para o Cairo onde se tornou diretora na área de alquimia e Max entrava para o grupo dos aurores; neste tempo Wendy deu a luz ao pequeno Hans, um segredo que manteve distante de Max.
Três anos depois o fio se encurtou um pouco e Wendy decidiu voltar para Londres trazendo o filho consigo e finalmente contando tudo ao pai da criança, assim ela se restabeleceu e foi lecionar em Hogwarts se tornando então diretora da Casa Grifinória. Mesmo tendo se reaproximado, alguns nós ainda eram perturbadores naquela história e mesmo tendo um filho juntos a relação estava meio fria, parecia que o fio havia se arrebentado...
Depois de algum tempo, Wendy largou o trabalho em Hogwarts e tratou de buscar trabalho no St. Mungus, mesma época em que Max retomava seu trabalho de auror de aluguel depois de um longo tempo se recuperando de um acidente de trabalho, e foi nessa ocasião onde todos pensavam que o fio havia se rompido, que ele decidiu se encurtar ainda mais, não deixando brechas para nós ou qualquer outro tipo de embaraço e assim finalmente eles reataram o relacionamento dando início a verdadeira união e felicidade.
Wendy e Max resolveram então morar juntos, porém queriam tudo nos conformes, sendo assim resolveram se casar, selando a união feita por aquele fio fino de cor avermelhada que se esticou a cada passo dado em outra direção, que se encurtou a cada passo dado na direção certa e que se encurtou ainda mais com cada passo que deram juntos.
O casamento aconteceu em um bosque da floresta que cerca os terrenos do castelo de um amigo em comum do casal; na entrada os convidados eram levados pelos terrenos do castelo até o local da cerimônia, passando pelo jardim interno decorado com tochas e fogueiras artesanais por todo o caminho. Muito comum em casamentos tradicionais escoceses. Rosas foram cultivadas para a ocasião e seu aroma dava leveza ao local que ainda era iluminado por pequenas fadas que brilhavam em potes no lugar de lâmpadas, mostrando aos convidados que a magia de fato estava no ar.
Logo na entrada do bosque os convidados podiam um quadro grande de madeira clara com várias fotos, Max jovem e em treinamento para auror, depois como auror combatente. Max com o filho Hans e com a família. Wendy aparecia em fotos jovens, no Cairo quando gerenciava o Centro de Alquimia, em Hogwarts quando era docente de Alquimia e Diretora da Casa Grifinória. Como curandeira agora especialista em alquimia no Hospital de Saint Mungus. Também fotos do casal com o filho em diversos momentos.
A cerimônia aconteceu ao final da tarde, de forma simples e ao mesmo tempo rica em pequenos detalhes mostrando que o amor está sim nos pequenos detalhes e não nos grandes gestos. Hans, o filho do casal foi o responsável por levar as alianças levou também os convidados às lágrimas; os votos matrimoniais também deixaram muitos dos convidados emocionados; mesmo que não pudessem ver o amor dos noivos, eles puderam sentir de maneira bem forte naquele fim de tarde. Através dos votos também foi possível perceber o quanto a lenda do fio do destino era verídica e o quanto ela precisou dar voltas para finalmente unir aqueles dois.
Após a cerimônia os convidados foram direcionados a uma área protegida contra criaturas perigosas, as longas mesas simbolizavam a união pois não permitiam que os convidados se isolarem ou que ficassem sozinhos na mesa; o cardápio foi composto de saladas cruas, peixe, carne de carneiro, tortinhas veganas e de carne branca. Havia ainda uma mesa com sobremesas variadas, trufas de todos os sabores, tortinhas de limão, abóbora e chocolate, doces de mirtilo, morango e uva. E uma mesa com salgados diversos a base de carne branca. O forte daquela pós-cerimônia foram a presença de pequeninas fadas e outras criaturinhas que encantaram os olhos de todos os presentes.
Com essa matéria desejo aos recém-casados muitas felicidades! E aos leitores deixo um pequeno versinho: “O amor é paciente e bondoso. Não sente inveja, não se vangloria, não é orgulhoso. Não maltrata, não procura só por seus interesses, não se irrita facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...”