Descubra as diferenças e consequências das doenças bruxas e trouxas em ambas as sociedades Redator Jr: Gustav Campbell McCready ...

Doenças Bruxas e Trouxas

Descubra as diferenças e consequências das doenças bruxas e trouxas em ambas as sociedades


Redator Jr: Gustav Campbell McCready



Certamente você, leitor, já pegou um resfriado um dia. Nem mesmo os bruxos estão livres dessa doença bastante comum em todo o mundo. No entanto, enquanto nós bruxos podemos curar um resfriado rapidamente usando uma Poção Apimentada, mesmo com remédios um trouxa pode ficar dias doente até se curar completamente. A medicina bruxa é um dos melhores aliados para os bruxos terem uma expectativa de vida tão boa, mas não é apenas isso. Nós bruxos, além de termos ótimos artifícios para a cura de enfermidades, também temos uma boa imunidade. Enquanto um trouxa poderia sofrer bastante em decorrência de uma picada de escorpião, precisando ir às presas para um hospital, um bruxo que sofre a picada de um desses animais poderá sobreviver de uma forma considerada confortável até receber um tratamento. No quesito saúde, os bruxos estão à frente dos trouxas, praticamente tudo que um trouxa pode pegar nós podemos curar sem grandes problemas, como ossos quebrados em decorrência de um acidente, cortes, queimaduras ou venenos e doenças não-mágicas. Isso faz parecer que nós bruxos somos imunes a tudo, mas se temos inúmeros relatos de pessoas internadas no Hospital Saint Mungus (ou no que poderíamos chamar de Hospital Saint Mungus improvisado) a dias, é porque não somos tão imunes assim.

Existem vários tipos de enfermidades que nem mesmo nós bruxos podemos curar de forma completa ou que realmente podemos ficar debilitados por dias. Por exemplo, um corte comum pode ser resolvido com uns quatro feitiços em poucos minutos, já um corte por magia negra pode, quem sabe, nunca ser curado, nem mesmo pelas melhores poções de cura já feitas. Enquanto podemos viver com um certo nível de tranquilidade se formos atingidos por venenos de animais comuns como escorpiões, o veneno de uma fada mordente já pode fazer um belo estrago em nossas capacidades sensoriais, facilmente causando tonturas e mal estar. Nós bruxos temos imunidade e conhecimento para curar as enfermidades trouxas, mas quando o assunto são enfermidades bruxas, as coisas ficam mais complicadas, podendo deixar sequelas em um bruxo para toda a vida. Enquanto um ferimento causado por um acidente comum pode nem deixar uma cicatriz com nossos métodos de cura, um ferimento vindo de um duelo pode deixar uma marca feia, isso porque nós bruxos não estamos isentos da nossa própria magia. Existem até enfermidades que os bruxos nunca conseguiram descobrir a cura, é o caso da licantropia causada pela mordida de um lobisomem, sem falar que os ferimentos de lobisomens podem deixar marcas feias permanentes, salientando como um ferimento de origem mágica é poderoso.

Se nós bruxos somos mais imunes a enfermidades trouxas, essa premissa também segue para os trouxas? Ou seja, eles são imunes às enfermidades bruxas? Algumas pessoas ainda leigas podem até acreditar que sim, usando uma argumentação de que as enfermidades e doenças mágicas atacam a magia que existe dentro de cada bruxo e que, como trouxas são seres que não possuem magia, eles não sofrem de enfermidades bruxas. Afinal, quando vemos trouxas tratando alguma doença mágica mesmo? Isso até pode parecer uma lógica, mas não é verdade. Se magia só pudesse atingir mais magia, então os trouxas seriam imunes a feitiços, poções e todas as coisas mágicas que podemos fazer com eles. Como bem sabemos, isso não é verdade, os trouxas podem ser encantados, podem sofrer até de poções do amor, como o pai de Tom Riddle. Na verdade, trouxas até são recebidos no Hospital Saint Mungus quando acabam sendo vítimas de alguma magia feita por bruxos inconsequentes, muitas dessas magias se tratando de pegadinhas de mal gosto com os não-mágicos. Sendo assim, porque não vemos trouxas sendo tratados por doenças bruxas por exemplo? A resposta é simples, se a imunidade bruxa é maior, podendo sustentar enfermidades trouxas com maior facilidade, e tal imunidade alta não se mantém para enfermidades bruxas, então os trouxas, que tem uma imunidade menor, são ainda mais suscetíveis a terem problemas piores ao entrarem em contato com uma enfermidade bruxa.

Um bom exemplo sobre como os trouxas não podem aguentar uma enfermidade bruxa é a maldição da licantropia. O professor Marlowe Forfang, um bruxo com bastante conhecimento a respeito de lobisomens por estudá-los durante anos, reparou como os trouxas atacados por lobisomens são muito mais propensos a serem mortos pelas feridas causadas pela criatura do que os bruxos, por conta disso vemos lobisomens bruxos em vez de existir também uma comunidade de lobisomens trouxas. Ainda mais, o Estatuto Internacional de Sigilo em Magia possui regras para evitar que bruxos que estejam com alguma doença bruxa entrem em contato com trouxas, como é o caso de bruxos que contraem a Varíola de Dragão, exatamente para poupá-los de ter que lidar com uma possível epidemia que nem sequer eles conseguiram curar. Grande parte das doenças bruxas são curadas por meios bruxos, como a cura da Varíola de Dragão, cujo qual é uma poção inventada pela bruxa Gunhilda de Gorsemoor, curandeira que viveu no século XVI. Com isso, chegamos a conclusão que as doenças bruxas são bem mais perigosas que as doenças trouxas, enquanto nós bruxos conseguimos ainda nos tratar de uma doença bruxa, ela pode ser a mais provável morte de um trouxa que nem sequer terá a chance ou o conhecimento de se salvar. A todos os bruxos que estão com doenças bruxas, fiquem longe de seus colegas trouxas neste período, eles são o nosso eterno grupo de risco.