Jogadores se empenham para manter o esporte em funcionamento
Por: Éire Keller McCready
A minha surpresa quando, por meio de alguns jogadores, recebi o convite para cobrir um dos jogos foi tanta que não tive como negar. Com tudo o que vem acontecendo ultimamente, Nyx tendo assumido o controle e a zona de guerra entre humanos com magia e humanos sem magia, o esperado seria que os jogos fossem suspensos até segunda ordem. Mas ao que parece nem todos pensam dessa maneira, muitas vezes acreditando que em meio a tanto caos, um pouco de descontração é importante para que se consiga lidar com o que está ocorrendo sem se permitir enlouquecer.
Chegando no local, muitos dos fãs do esporte já estavam na arquibancada, prontos para encontrarem seus preferidos e torcerem por seus times do coração. O inesperado e surpreendente, no entanto, aconteceu no momento em que todos foram para o campo, revelando-se com uniformes que sequer eram de seus respectivos times. Aumentando ainda mais a expectativa do que se podia ser observado, os jogadores estavam espalhados entre si, cada time contando com jogadores de vários times oficiais, misturando-se entre primeira e segunda divisão. Era uma bela visão, o que evidenciava que todos ali estavam pelo mesmo motivo, querendo a mesma coisa.
O jogo parecia mesmo bem emocionante, todos tão focados que parecia que estávamos mesmo presenciando um jogo real. Até os goleiros e apanhadores pareciam estar se divertindo, além dos batedores que não davam trégua aos artilheiros. Um bom jogo, de fato emocionante. Claro que nem todos os detalhes podem ser descritos com tanta veracidade, principalmente levando em consideração a emoção local, algo único que só pode ser sentido por quem esteve ali, presente.
Não posso dizer que estive presente no fim do jogo, uma vez que eu já me encontrava no vestiário, aguardando a presença dos jogadores para poder questioná-los a respeito do que pensavam sobre o que haviam acabado de fazer. Uma das batedoras da segunda divisão, Kelsey Kosey Jinxed (Orgulho), logo apareceu, demonstrando estar com a adrenalina lá em cima, então resolvi me aproximar para lhe questionar sobre a ausência de seus companheiros de time e a razão para ela resolver participar de um jogo como aquele, no momento atual. "Estou pouco me lixando. Eu não sou atada às pessoas do meu time, gosto de jogar quadribol e ponto. Cada um tem a sua vida, em campo lutamos juntos, fora dele, cada um cuida do que é seu. Eu acabei já respondendo o porquê de eu decidir participar, gosto de jogar quadribol, é o que eu escolhi pra vida. Eu sei que o verdadeiro motivo tem a ver com Nyx, mas na boa, eu também não estou ligando muito para ela, pouco me importa, ela que fique com a Grã-Bretanha inteira e se divirta... Desde que tenhamos jogos, eu preciso trabalhar. É tão difícil ter jogos? O povo precisa se alegrar com tanta treta. Aliás, será que dá pra tirar essa barreira? A minha casa fica no Egito, é um saco ficar presa." Respondia a mulher que, como eu disse, estava com a adrenalina no alto.
Outra pessoa que também marcava presença no jogo era o artilheiro Athos Wichbest Lancastell (Tornados), que belo como sempre, talvez tivesse algo a acrescentar a respeito do seu motivo de estar participando dos jogos, além de também comentar um pouco sobre como sua cabeça estava, levando em consideração que seu irmão gêmeo, Apollo, estava em Hogwarts. "Seria bom se não estivesse acontecendo tudo isso, não é mesmo?! Mas já que está, eu estou seguindo com muita naturalidade. Estou tranquilo da minha decisão de participar desses jogos, porque é o que eu gosto de fazer e não acho justo que o povo fique sem o Quadribol já que tantas coisas já foram tiradas dele. Faço com muito orgulho e assumo a linha de frente desse protesto contra esse governo opressor. Quanto ao meu irmão, não tenho muitos motivos para me preocupar. Ele sempre foi um dos melhores da nossa turma e, se conseguiu a proeza de se tornar professor em Hogwarts, ele vai saber se virar muito bem nessa 'aventura'. E ainda conhecendo ele como eu conheço, acredito que esteja até se divertindo." Contava o jogador, expressando o que pensava a respeito.
Era mais do que evidente o motivo daqueles jogos, sendo eles uma maneira de protestar para que as partidas não parem por conta do atual momento. As pessoas precisavam de algo bom em suas vidas, mesmo quando o caos se instaurava, e era por isso que prezavam.
Nós do Profeta Diário torcemos muito para que mais partidas aconteçam e o esporte se mantenha em pé!