Panorama do comércio bruxo durante a guerra!
Por: Irwin Von Ziegler
Dez meses se passadam desde quando a barreira mágica fechou a Grã-Bretanha isolando ela do restante do mundo. Nesse período o cenário político passou por mudanças significantes e com profundos impactos para a população, mágica ou trouxa, que permaneceu dentro da barreira. O comércio mágico também sofreu com essa mudança, especialmente a capital da Inglaterra onde investidas militares começaram no que chamam de "nova caçada as bruxas", em seguida espalhando-se para outras capitais, Edimburgo, Dublin, Belfast e Cardiff. Com sentimento de terror e incertezas, a população bruxa tem saído cada vez menos de casa, os grandes centros urbanos têm sido menos visitados por haver a possibilidade de um ataque do exército britânico nessas localidades. Fomos às ruas e nos principais pontos da Inglaterra em busca de diversos segmentos do comércio. Como ele tem sobrevivido, estratégias, segurança e preços.
O Beco Diagonal tem sofrido baixas antes mesmo da barreira mágica ser levantada, quando Nyx e os Vípers atacaram o local destruindo lojas e mantando bruxos. Depois de ser refeito e reaberto, ainda existe a possibilidade dele vir a ser alvo dos militares por ser um dos maiores centros de comércio bruxo. Com o Hospital St. Mungus e A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts sendo alvos direto dos militares, não é um medo absurdo que isso aconteça. Sayuri Õhashi Choi, vendedora da loja Varinhas Olivaras declarou: “O antigo vendedor saiu depois do ataque de Nyx, ele estava em serviço quando tudo aconteceu. Eu havia acabado de chegar no país e procurava um emprego e não foi a minha primeira escolha, mas preciso pagar as contas certo? Comecei a trabalhar e notei que o movimento não era o que se espera de uma das mais conceituadas lojas de varinha. Quando a barreira foi colocada houve algumas incertezas quando a compra dos cernes (núcleo mágico da varinha proveniente de criaturas mágicas), mas até o momento o estoque tem aguentado. Chegará um dia em que teremos que comprar por preços absurdos alguns cernes, especialmente os de animais criados fora da barreira. Estamos tentando segurar ao máximo os preços, os bruxos continuam vindo comprar suas varinhas e por isso a loja continua aberta.”
A Galeria Grogan Stump sofreu um ataque em meados de Julho, logo que a barreira foi posta, tendo os membros da guilda de Nyx atacado lojas de não portadores de magia. Uma simples distração para o que acontecia no Ministério, que ainda não tinha caído. Desde então o lugar também passou a ser menos visitado, com a segurança trouxa reforçada, os bruxos que tem lojas pelo local passaram a tentar não chamar tanta atenção. Frigga Snow Ksavir, dona da Sfínga – Livraria & Cafeteria localizada no primeiro piso, contou-nos como tem mantido seu negócio. “[...] Além do meu negócio funcionando aqui em Londres, possuo outras livrarias bruxas espalhados ao redor do mundo. A barreira me impediu de gerenciar eles assim como a manter contato com os meus funcionários, todavia, eu tenho funcionários de confiança e isso alivia o fardo. [...] A seção bruxa da minha loja era aberta a nossa população mágica e não-mágica (abortos ou trouxas com conhecimento do mundo bruxo), hoje em dia apenas bruxos são permitido como uma medida de segurança.” Quanto aos preços, Frigga elevou os preços de livros de magia negra pela grande procura por parte população bruxa, abaixou os preços de livros de feitiços de proteção como uma forma indireta em ajudar a comunidade nesse tempo de guerra. Pandora D’Amici Grössen, uma das proprietárias da Prime Revenge, em nota nos relatou: ”Procuramos nos manter unidos durante o caos, no começo pensei em fechar as portas, porém, Ruud, meu noivo, Castiel, meu irmão, e minha gerente Katrina votamos em permanecer abertos. Somos livres e se tiver que enfrentarmos algo enfrentaremos de cabeça em pé, sem fugas. A loja é uma herança e a manteremos enquanto pudermos lutar.”
Oliver Wittels Kóvacs, gerente da loja A Thaberna localizado no subsolo com acesso apenas para bruxos, a qual vende poções e derivados, também relatou como tem sobrepujado o cerceamento da Grã-Bretanha. “[...] O setor de poções é muito procurado por todo o mundo bruxo, seja no setor doméstico como no industrial. Devido aos recentes ataques as poções medicamentosas e reparadoras têm sido muito mais procuradas. Enquanto outros estabelecimentos fecham as portas por falência ou medo, passamos por um grande investimento e reforma. [...] Produtos e fornecedores que vinham de fora do país foram substituídos por produtos locais, além de uma criação da própria matéria prima com a criação de uma estufa pequena. [...] Em suma, nós da loja A Thaberna temos o orgulho de enfatizar que a coragem e ousadia são o principal ingrediente da nossa produção, onde transformamos a dificuldade em oportunidade.” Oliver enfatizou que em temos de crise como estavam passado pensar estratégicas logicas e inteligentes pode ser a salvação dos comércios bruxos. Existe bruxos que vendem poções em suas próprias residências, como Ninphea Giuliacci que vende as poções especialmente na região de Queerditch, onde o St. Mungus se encontra atualmente. Ela contou: ”Eu trabalho como comerciante de ingredientes e insumo para poções, nessa época de terror, ouso dizer que a procura aumentou. Acho que os bruxos estão começando a perceber o quão importante as poções são para a sobrevivência, é algo discreto sabe? Os trouxas já sabem de nossas varinhas, mas as poções passam quase imperceptíveis. Por causa da busca desenfreada os ingredientes estão se tornando limitados, os preços estão aumentando e não é só comigo. Os ingredientes que tem que ser buscados no mundo trouxa? Valem ouro! O risco é grande demais, grande demais!”
Outras cidades pequenas também tiveram alguma significativa mudança, como St. Ives e Godric’s Hollow com seus museus. Em nota, a funcionária Freya Harper Reedus, historiadora e guia turístico do Museu Batilda Bagshot e do Antiquário Peverell nos contou: “Minha contratação ocorreu durante esse ano em que as barreiras foram levantadas e senti na pele a dificuldade em encontrar um emprego. Lojas fecharam suas portas ou demitiram funcionários, estava preste desistir quando recebi uma resposta positiva. [...] O Museu de Batilda Bagshot ainda é frequentado pelos moradores do vilarejo e por quem mora no país e busca a tranquilidade de St. Ives. Já o Antiquário Peverell perdeu vendas e público do exterior, bruxos que vinham em busca de conhecimento a respeito dos Três Irmãos. O Antiquário fechou por uns meses, mas com a minha contratação e o recesso escolar podemos recuperar uma parcela do prejuízo”.
Quando o Ministério da Magia caiu, a sociedade mágica da Grã-Bretanha ficou sem seu principal órgão de governo, e Nyx El Bianco e seus Vípers começaram a cuidar de algumas áreas. Ela não tomou o poder para si, pois segundo o que ela mesmo declarou inúmeras vezes, não é a favor de governo. No entanto, ela administra e paga pelos custos que Hogwarts demanda. Parte desse dinheiro vem do comércio, um de seus líderes da Guilda cuida dessa parte ao transitar pela barreira comprando mercadorias e itens de fora e trazendo para dentro. Sua venda e lucros são repassados para a escola e outra parte é desconhecida. Seu nome? Vípers não costumam expor seus rostos e não sabemos e nem podemos divulgar por motivos de segurança. Desse jeito eles [Vípers] evitam que um grande colapso aconteça no setor da economia, apesar do desemprego e das poucas vendas, a economia trouxa pode se sustentar por um período. Quanto aos preços dos produtos, eles ficam acima da média na maioria das vezes, a dica é comprar em um número maior os itens/mercadorias para se ter em estoque.