O Caso Evergarden
Redator: Graham Faust McAlister
Mesmo com demais acontecimentos no Mundo Bruxo demandando atenção de nossa equipe, as investigações sobre o Caso Evergarden não foram congeladas e, portanto, vi-me na obrigação de procurar mais ao fundo sobre o que pode ter levado Wane Lannister a cometer atos tão horríveis contra a família da jovem Elda, única sobrevivente ao terrorismo que sua família sofreu durante o recesso escolar de Hogwarts.
Em minha visita à instituição alguns dias atrás, consegui informações sobre uma possível fonte próxima a Wane. Decidi não divulgar o que sabia até então para garantir a veracidade das informações, que consegui após um pouco mais de pesquisa com alunos e funcionários da escola e até mesmo da família da pessoa que me foi a fonte dessas informações.
Por a pessoa ser menor de idade, não entrevistei-a até conversar com sua família e receber uma permissão direta de seus responsáveis e, também por isso a identidade ou gênero da pessoa não serão reveladas afim de garantir a segurança da pessoa informante, mas a agradecemos grandemente por sua coragem e também à sua família por permitir a colaboração da pessoa em nossas investigações.
A reportagem se deu assim (algumas respostas foram editadas para melhor compreensão e para manter a identidade da pessoa secreta):
Profeta Diário: Você estudava com Wane, certo? Os rumores dizem que vocês eram amigos... Como ele era na escola? Todos falam muito bem dele como um aluno, mas e como pessoa?
Entrevistada: Hm... Sim, creio que ainda somos... Ele é um dos meus melhores amigos.
Ele era bem competente e esforçado, sempre ganhava destaque nas aulas de Poções... Como pessoa? Bem, sempre foi muito gentil com todo mundo, só que não era muito afim de se socializar, gostava de ficar sozinho às vezes. Companheiro, amigo leal, era bem engraçado também... Fazia jus à casa.
PD: Ele alguma vez deu indícios de ser violento?
Entrevistada: Não... Não que eu tenha visto alguma vez, apesar de sermos bem próximos. Não me intrometia muito na vida pessoal dele. Bom, pelo menos eu imaginava que ele jamais seria alguém agressivo...[/i]
PD: Vocês se corresponderam em algum momento durante o recesso? Ele parecia triste, ameaçado? Algum indício de que talvez ele estivesse sendo controlado ou chantageado?
Entrevistada: Sim, eu o convidei para ir lá em casa. Fizemos um passeio e foi bem divertido. Pra mim, ele estava completamente normal, com suas brincadeiras e comportamentos típicos dele. Não percebi nenhum sinal diferente, se estava chateado ou algo assim... Só se estivesse “chateado” pelas férias estarem acabando, talvez isso (risos). Nada que me preocupasse de verdade.
PD: O que você sabe sobre sua família e suas relações interpessoais?
Entrevistada: Wane não falava muito disso. Eu também não perguntava muito. Sobre a família, acho que faz um ano que ele sofreu uma perda, mas é impossível de isso ter um reflexo só agora... Não tem nada a ver, eu acho.
PD: Você acredita que no fundo Wane é uma pessoa boa? Que talvez não seja ele o real culpado?
Entrevistada: É claro que eu acredito. Posso não conhecê-lo totalmente, mas ele jamais faria o que fez! Não conscientemente. Eu teria percebido algo de diferente quando ainda estávamos juntos no recesso. Estou ainda surpresa com tudo isso e tenho certeza de que algo o transformou da noite pro dia, porque jamais passaria pela minha cabeça que ele fosse capaz de fazer tal atrocidade...
PD: Se você puder... comente um pouco da relação de vocês em Hogwarts. Tinham outros amigos? Ele era uma pessoa receptiva? Vocês aprontavam?
Entrevistada: Nossa relação em Hogwarts era muito boa, tínhamos alguns amigos em comum. Sempre desejei o melhor para ele, pois esteve comigo quando mais precisei. Como eu já disse, ele não se enturmava muito com os outros alunos, não era muito popular, apesar de ser sempre o dono dos destaques da maioria das aulas. Se aprontávamos?! (Risadas) Não, não nos arriscávamos muito, éramos bem tranquilos.
Dentre todas as pessoas que conheciam Wane Lannister, até mesmo os professores, todos concordavam que essa pessoa era a mais próxima dele na escola e, conversando com ela, realmente pude perceber que eram bastante próximos e o sentimento ruim de saber que seu amigo foi responsável por tudo que aconteceu causava muita injúria à pessoa, que acredita veementemente que seu amigo é inocente. Isso nos leva a pensar que talvez a carta que o rapaz enviou à nossa correspondente Bella L. Cahors onde ele cita que não agiu sozinho tenha mais importância do que se pode imaginar.
Continuaremos as investigações, reportando tudo em primeira mão em próximas edições do Profeta Diário.