Por: Éire Avalon Beoulve Há muitos anos atrás a população mundial, seja bruxa ou trouxa, sofria com problemas causados por bruxos d...

Uma viagem ao passado



Por: Éire Avalon Beoulve


Há muitos anos atrás a população mundial, seja bruxa ou trouxa, sofria com problemas causados por bruxos das trevas. O governo trouxa mantinha firme a alegação de que o que acontecia com o mundo se tratava de catástrofes naturais, enquanto o Ministério da Magia procurava esconder da população bruxa suas preocupações com a possível volta do Lorde das Trevas, ou o comumente chamado por todos, "Você-Sabe-Quem". As provas de que ele havia retornado eram incontestáveis, mas não para o Ministro da Magia que, na época, achava imprudente revelar fatos não comprovados apenas por acontecimentos “corriqueiros”. Que coisa não?


O Ministério estava com medo, Hogwarts não era mais segura, os bruxos das trevas estavam perambulando pelo mundo e levando consigo o caos e a destruição. A esperança estava toda voltada em um único menino, aquele cujo havia derrotado pela primeira vez o Lorde das Trevas quando ainda era um bebê. Talvez o mais chocante disso tudo tenha sido as inúmeras perdas irreparáveis para o mundo bruxo. Ministeriais, professores, alunos, funcionários, aurores e até mesmo o diretor de Hogwarts da época, Alvo Dumbledore. Como não estremecer diante de tudo o que estava acontecendo durante aqueles anos inesquecíveis?

Durante a Segunda Guerra Bruxa, locais que até então pareciam ser os mais seguros possíveis, mostraram ser apenas mais um monte de concreto. Hogwarts e Azkaban estavam entre esses locais, provando para todo o sistema bruxo da época que até mesmo os locais mais protegidos estariam a mercê das vontades de Você-Sabe-Quem e de seus Comensais da Morte. Inúmeros presos seguidores do, até então, Lord das Trevas escaparam de Azkaban graças a uma explosão em uma das áreas da prisão, o que nos remete a uma reflexão simples: como os integrantes do Ministério da Magia da época permitiram que isso acontecesse e não fizeram nada pra impedir? Ele estava, de fato, corrompido? Além disso, após a morte de Dumbledore, Hogwarts fora invadida e a Batalha de Hogwarts causara mortes e destruição do patrimônio escolar.

Mas o que dizer dos dias atuais? Muito embora hajam inúmeras denúncias de jovens e adultos ligados ao lado das trevas, não se encontra vestígios do passado que nos assombrou por tantos anos, a não ser pelo fato de que locais onde houveram batalhas ainda estarem em ruínas, como o antigo corujal de Hogwarts, nominado como A Torre Oeste e também Azkaban, já que a parte explodida fora mantida, agora estando sob feitiços de proteção e interditada. Apesar dos pesares, Hogwarts voltou a ser segura para seus alunos e Azkaban está protegida novamente, o Ministério da Magia e a atual Ministra fazem o possível para manter a segurança em nosso mundo. Mas então porquê deixar ruínas que destruíram a vida de tantos?

Se olharmos para o passado, é fácil pensar que todo o mal agora já se foi, que podemos viver em paz nossas vidas, mas sabemos que toda boa história deixa sua cicatriz, e com a nossa isso não seria diferente. Sabemos que, através das cicatrizes deixadas no passado, sempre haverá muitos bruxos se espreitando e seguindo o caminho das trevas, em busca de poder e, essas construções, que ainda permanecem destruídas desde a nossa segunda guerra, é uma lembrança de que conseguimos contornar os tempos difíceis que nos assolavam, além de nos remeter a escolha de qual caminho seguir.

Outra razão que pode explicar o motivo pelo qual o Ministério permite que as ruínas permaneçam talvez estejam diretamente ligadas aos heróis que morreram em combate durante os conflitos. Ao olhar para o que restou da Segunda Guerra Bruxa e da Batalha de Hogwarts, nomes de heróis que lutaram durante a batalha nos vêm a mente, a memória deles renasce em nossas mentes e lembramos de tudo o que eles fizeram e o que foram. A história que nos foi deixada e o legado que os heróis nos deixaram, nos permite tomar a decisão certa quando nos é questionado sobre qual lado devemos e queremos estar.