Por: Peter Chthon Donati
Seguindo com nossa série que aborda os melhores destinos para se viajar, dessa vez resolvi fazer uma grande mistura e não me focar em apenas um local. Existem diversas localidades que compartilhamos com o mundo Trouxa, e que por algum motivo acabaram se perdendo ao longo do tempo e deixando de serem visitadas. Muitos bruxos mais jovens nem possuem o conhecimento de que elas existem, por isso o interesse do jornal de reviver esses lugares que num passado não muito distante eram grandes centros turísticos ou abrigavam eventos bastante divulgados. Por isso, se você tem tempo, e não está com muita paciência para fazer uma grande viajem por algum país exótico, esses locais podem ser uma boa pedida para você visitar durante um fim de semana, e quem sabe se divertir.
O primeiro ponto que ressalto, fica na Suíça, mais precisamente na capital do país. Estou falando do Grande Teatro de Genebra. O local é bastante conhecido por todo o seu ambiente antigo, e as inúmeras óperas, espetáculos de balé e música clássica que são apresentados. Não preciso dizer que hoje em dia, cada vez mais a juventude foge de eventos assim, mas o que pouca gente esqueceu, é que entrando em camarote específico, é possível acessar uma parte do teatro que é puramente mágica e é ali que a diversão realmente começa. Em vez dos entediantes espetáculos Trouxas, temos shows realmente incríveis, com um uso grandioso de elementos e feitiços para fazer você vivenciar uma experiência única. Além das encenações de duelos e teatros com direitos a destruições de cenários para os fanáticos por cenas de ações e lutas, também existe um espaço destinado as criaturas mágicas que vão completamente na contramão de tudo que você já viu.
Você consegue imaginar Acromântulas sapateadores? Ou Trasgos vestindo ternos coloridos e cantando à capela? Bom, lá não é apenas imaginação. Você realmente consegue ver isso. Se as criaturas são realmente treinadas ou se tudo faz parte de uma grande ilusão, isso os idealizadores do show não revelam de modo algum, mas o que vale é a diversão. A única ressalva que faço é aos piromaníacos de plantão. Vocês definitivamente não verão espetáculos envolvendo fogo. O motivo para isso foi que um acidente, no ano de 1951, causou grandes danos até a parte Trouxa do teatro, e foi necessário um gigantesco esforço para encobrir o evento, o que fez com que os bruxos fossem proibidos de brincar com fogo.
Saindo da Suíça, um lugar muito bacana de se visitar são as Terras Altas da Escócia. Aos mais desavisados, o local pode ser apenas um punhado de terrenos vazios com um castelo no meio. De fato, para os Trouxas é isso mesmo. Mas nós somos bruxos, e é óbvio que nada é tão simples. O espaço não é exatamente um ponto turístico, onde vamos lá apenas para visitar ou assistir algo, mas isso não significa que não tenha diversão. Muito pelo contrário. O local está sempre oferecendo diversos eventos mensais. Um dos mais famosos é a clássica caça a bandeira valendo uma quantidade de galeões realmente considerável. Hoje o evento tomou proporções tão épica, que as duas equipes foram substituídas por cinco times com um número de pessoal tão grande quanto um exército. Aliás, é assim que muitas pessoas encaram aquilo, como se fosse uma guerra.
É também nas Terras Altas que ocorre um dos eventos mais insanos, onde inúmeros bruxos, para provar que são corajosos (ou simplesmente malucos), escalam o Castelo Eilean Donan até chegarem a parte mais alta da construção, para no fim se atirarem de uma altura realmente grande diretamente na água, que geralmente está bem fria. Quem conseguir se atirar mais longe, ganha um troféu que prova sua coragem. Entretanto, digamos que ter um troféu e não conseguir erguê-lo devido ao corpo paralisado por causa dos ferimentos não é algo muito vantajoso. Além de mais inúmeros outros jogos, eu não poderia citar as Terras Altas da Escócia e não falar que ela é palco de um dos maiores festivais de música bruxa da atualidade. Então se você gosta de música, e não é fã de jogos insanos, o local também é indicado para você.
Por fim, um dos lugares menos conhecidos e explorados pelos bruxos, é o Castelo de Dublim. Isso até é natural, visto que o local é enxergado como um importante complexo governamental irlandês. Entretanto, em alguns dias específicos, os Trouxas somem de cena, e é possível se inscrever para um dos eventos mais famosos do país, que é o do castelo assombrado. Durante o inverno, mais precisamente entre os dias 21 e 23 dezembro, ou seja, em meio ao início da estação e momento onde ocorre a noite mais longa, inúmeros bruxos vão até o castelo para vivenciar uma experiência de muito terror, com direito a aparecimento e ataque de criaturas como Lobisomens, Basiliscos, Dragões e Barretes Vermelhos. Também ocorrem ataques surpresas de bruxos das trevas, e diversas outras situações que fariam você desejar enfrentar um bicho-papão por dia para não precisar passar por isso.
Apesar de muitas pessoas estarem cientes que tudo não passa de algo montado para dar medo e que aqueles perigos não são totalmente reais e mortais, todo o evento possuí uma aura que torna inevitável não sentir pavor. Sem contar que muita gente gosta de praticar pegadinhas e levar amigos desavisados, ou seja, muitas pessoas que estão ali nem sabem que tudo não passa de uma encenação. Recentemente uma petição foi enviada ao Ministério da Magia para trocar o dia do evento, visto que era próximo do natal, e muitas pessoas acabavam passando as festas de final de ano internadas no Mungus geralmente na ala psiquiátrica. Mas os organizadores do evento alegavam que além de ocorrer durante o solstício de inverno, todo o programa reforçava a união entre as famílias, pois segundo eles, nada melhor do que uma experiências de quase morte para ficar mais preso a vida, e aos detalhes menos capitalistas da data.
Apesar desses três lugares terem perdidos sua imponência durante os anos e muitos desses eventos terem se restringido a um público seleto, isso não tira a importância e a diversão que eles passam. Lógico que alguns são realmente insanos, mas as vezes é bom se aventurar em coisas novas e conhecer outros tipos de programação. Tem para todos os tipos e gostos, e eu garanto que valerá a pena.
Apesar desses três lugares terem perdidos sua imponência durante os anos e muitos desses eventos terem se restringido a um público seleto, isso não tira a importância e a diversão que eles passam. Lógico que alguns são realmente insanos, mas as vezes é bom se aventurar em coisas novas e conhecer outros tipos de programação. Tem para todos os tipos e gostos, e eu garanto que valerá a pena.