Por: Abby Miller Shaeffer As férias estão chegando e com ela toda a expectativa para uma das épocas mais aguardadas do calendário escol...

Amor de verão


Por: Abby Miller Shaeffer


As férias estão chegando e com ela toda a expectativa para uma das épocas mais aguardadas do calendário escolar. Os estudantes estão alvoroçados com o término do ano letivo – alguns de forma positiva, outros nem tanto – e com o planejamento do que irão fazer durante seus dias de descanso. O tão esperado e merecido folga trás consigo dias de lazer e viagens para locais diversos, consequentemente as chances de conhecer pessoas diferentes e interessantes aumenta e é aí que estamos todos vulneráveis a sentimentos arrebatadores. Quem nunca se apaixonou por uma pessoa durante as férias de verão? O Profeta Diário conversou com alguns estudantes de Hogwarts sobre esse sentimento que é bastante comum entre os adolescentes, principalmente agora com a proximidade das férias.

Quando questionado sobre ter vivido um amor de verão, o corvino Hunter Hansen Grigori, do terceiro ano, respondeu: “Sim e não. Diria que não tive tantos amores assim que possam ser caracterizados como passageiros.” Hunter comenta também que está interessado em somente uma pessoa, completando ainda a respeito do sentimento que prefere manter em segredo por enquanto.

Já a lufana do sétimo ano, Pann Grössen von Habsburg, teve algumas experiências com amores de verão, afirmando já ter encontrado seu verdadeiro amor: “Já vivi alguns amores de verão, sim. Alguns intensos e outros nem tanto. Atualmente eu vivo um amor que vai mais do que um simples amor de verão e espero que ele continue assim sendo um amor além do verão. Foi mágico quando aconteceu, até por que era inicio de verão.”

“Nunca tive nada assim de um amor de verão, mas já teve uma garota que eu conheci em um acampamento durante as férias de verão e que eu jurava que gostava dela. Nós fazíamos tudo junto e andávamos juntos, essas coisas que a gente faz quando encontra alguém legal.” Relatou o sonserino Joseph Schwarz Zarek, do primeiro ano. “Acho que o que diferencia esse amor de verão de um amor de verdade é que é algo que naquele momento parece muito forte, mas quando você passa desse período e meio que volta pra sua realidade, você não sente falta.” Joseph deu sua opinião sobre o que difere essa paixão de férias de um amor verdadeiro.

Jennifer Hool Czarevich, do sexto ano, também compartilha de ideias parecidas sobre o amor de férias. “Em minha opinião, o que difere o amor de verão dos outros sentimentos, além do nome, é o fato dele ter uma curta duração. O que significa que esse amor pode durar apenas uma estação do ano, não sendo necessariamente uma regra, mas o tempo dele é mais breve do que os demais. O que pode ser melhor, pelo menos ninguém se prende.”

Quando perguntado aos entrevistados se já se apaixonaram alguma vez – independente de ser ou não um acontecimento de férias – a maioria das resposta foi positiva. “Nossa! Eu já me apaixonei uma vez e foi algo inesquecível, vivenciamos uma experiência incrível!”, Jennifer disse ainda sobre as dificuldades que enfrentou na época, como a proibição do pai e os obstáculos que todo relacionamento precisa enfrentar no começo. Pann também disse já ter se apaixonado e reafirma sobre ter encontrado o seu verdadeiro amor: “Sim. Já tive vários amores. Mas nada se compara ao que estou tendo atualmente, é algo mágico e inexplicável.”

A grifina Isabel Von Ziegler, do sexto ano, relatou uma experiência não muito feliz a respeito da primeira vez que se apaixonou: “Ela foi minha melhor amiga pelos cinco anos seguintes, nada mais do que isso, assim como nunca lhe contei sobre o que sentia.”, Joseph também contou sobre ter se apaixonado: “Eu não esperava que fosse acontecer e quando aconteceu, já era tarde demais pra tentar segurar algo. Isso é bem confuso, para ser sincero, mas eu gosto de me sentir assim.” A corvina Amália Stavros Miller, do primeiro ano, teve uma resposta diferente ao ser questionada sobre já ter se apaixonado: “Eu acho que não. Sabe... antes dessa confusão toda eu costumava me preocupar com os livros que eu iria ler. E com o que tinha para comer, é claro.”

Mudando um pouco o rumo das entrevistas, o Profeta Diário quis saber sobre o que os entrevistados acham do amor na atualidade. Eles acham que o sentimento tem sido banalizado pelos mais novos? “Em alguns casos, sim! Muitas pessoas confundem amor com prazer e isso está errado.”, comenta a lufana Pann. “Acredito que atualmente esse tipo de sentimento se tornou quase uma necessidade doentia para alguns, algo que os fazem confundir qualquer “oi” diferente com um “eu te amo””, Isabel afirma e também diz acreditar que o amor é um sentimento banal.

Jennifer não poupou palavras ao expor sua opinião sobre a banalização do amor e tocou em pontos importantes: “Como jovem, tenho que admitir que o amor está sendo banalizado, sim, mas não somente pelo público juvenil. As pessoas têm usado a frase “eu te amo” de forma muito inconsciente e isso acabou refletindo de modo negativo na sociedade. É basicamente como se as pessoas não quisessem mais descobrir aos poucos o amor e toda a beleza que ele tem, se é que ainda tem e se realmente teve algum dia. O fato é que elas simplesmente forçam o seu acontecimento sem ao menos sentir metade do que dizem. Talvez isso tenha resultado em sua banalização, mas não culpo apenas nós, jovens, por isso. Claro que talvez a parcela caia mais sobre os jovens e entendo o motivo, muitos dos meus amigos preferem “ficar” a ter um relacionamento sério, e isso também contribui muito.”

Por último, o Profeta Diário quis saber dos entrevistados o que cada um pretende fazer durante as férias e se têm a intenção de arriscarem-se num amor de verão. As respostas foram bastante divergentes.

“Pretendo viajar um pouco, conhecer pessoas e quem sabe me aventurar, não é mesmo? Não sei se me permitirei a apaixonar facilmente, porém vou aproveitar o máximo essas férias!”Hunter

“Acho que eu vou aproveitar as férias para ver no que vai dar as coisas que eu descobri nesse ano, quem sabe eu não ache a garota certa nesse meio tempo? Não sei... Mas, com certeza ainda tenho que absorver tudo o que aprendi dentro e fora das salas de aula e encontrar respostas para algumas perguntas que eu ainda me faço.” Joseph

“Acredito que eu vou me divertir tanto brincando de fazer algumas poções com meus irmãos e primos que não vou pensar nessas coisas. Mas nunca se sabe, não é?” Amália

“Me apaixonarei todos os dias pela mesma pessoa, tentarei aproveitar a minha vida ao máximo do jeito que nunca aproveitei – claro, do lado dele. Tentarei viver aventuras e fazer com que todos ao meu lado se sintam felizes.” Pann

“Se eu tiver a opção de viver uma loucura sem me apaixonar... Se apaixonar em si já é uma loucura, claro que depende do ponto de vista de cada um para distinguir se é boa ou ruim. A verdade é que eu pretendo ocupar meu tempo de uma forma que não envolva sentimento.” Jennifer

“Definitivamente não, de forma alguma. Não perderia meu tempo com algo tão ridículo e banal desse tipo, deixo essa função para outros conhecidos meus. Na realidade, pretendo buscar mais um cursinho de férias e me especializar ainda mais na área de medibruxaria, a qual pretendo seguir posteriormente. Infelizmente, a maioria dos cursinhos bons são destinados aqueles que já concluíram os estudos, mas ainda assim, caso procure, é possível achar alguns cursos de férias destinados a alunos que estão cursando os últimos anos de magia.” Isabel

Ficou claro que as opiniões dos alunos são muitos diferentes e que o amor – de verão ou não – nem sempre é visto como uma coisa boa. Talvez, ainda haja muito medo e insegurança por parte dos nossos jovens e eles ainda não querem se arriscar em algo tão incerto. Amar, mesmo que seja apenas durante as férias ou enquanto o sol estiver quente e o suco gelado, é algo complexo demais para ser planejado. Aliás, planejamento, numa situação dessas, tiraria toda a graça da coisa.