O Castelo do Conde Drácula foi de longe a ideia mais interessante vista para as festas de Hogwarts até o momento. Mas ao que parece a ideia não agradou os alunos como a organização previa, poucos compareceram ao evento deixando-o às moscas pela maior parte da noite. O que será que deu errado? Será que a organização pecou na divulgação da festa ou será que os alunos não estavam tão interessados em participar de um dos maiores eventos feitos no Castelo até o momento? Não é possível dizer de forma certeira, mas o que mais me intriga é que essa falta de interesse se deu logo após a saída do tão amado Coordenador de Hogwarts, pelo menos era o que se escutava de alunos e docentes, todos pareciam gostar de Jared, e sua saída repentina abalou ânimos por todos os lados. Mas especulações a parte vamos voltar ao que interessa, a Festa.
O ar sombrio foi muito bem aplicado em todos os lados, a noite de Lua Cheia dava um toque especial a toda decoração. A névoa encobria todo o chão e era assim que os alunos entravam no Castelo, sendo recepcionados por um homem de terno e cartola, o curioso é que ele portava um machado em uma das mãos. O 'porteiro sombrio', como foi denominado pela organização, recebia os visitantes encarando-os e atacando aqueles que se aproximavam demais ou não estavam devidamente fantasiados. SIM, ele realmente atacava com aquele machado esquisito e machucava de verdade. Muitos correram para a enfermaria deixando os Enfermeiros de Hogwarts quase malucos, mas o importante é que por mais que aparentassem ser de verdade (e doessem como tal, o que era bem incomodo) os machucados sumiam depois de cerca de uma hora, e tudo ficava bem. Após passar por esse porteiro-maniaco-dos-infernos os convidados finalmente chegavam ao Castelo. Era possível seguir para as Torres ou para as Masmorras, que eram atrações a parte, mas focaremos aqui apenas no Salão de Festas que é onde de fato a diversão acontece.
Conduzidos pelo porteiro-maníaco-e-homem-do-machado os visitantes chegam ao salão de festas, ainda com os pés envoltos por uma camada espessa de névoa e com uma música que ecoava de todos os lados, dando o toque de diversão ao lugar. O lugar tem aquele ar de abandono bem típico de qualquer noite de Halloween, então não é uma grande surpresa pra quem chega, a questão mais interessante é que ele também conta com uma decoração bonita e clássica, algo do século passado que mostra refinamento e bom gosto. Posso dizer que esse Drácula pelo menos tem um ótimo senso de decoração, com uma faxina de vez em quanto o lugar poderia ficar incrível. Um pouco clichê são os caixões, dando aquela aparência de história típica sobre Vampiros Trouxas, todos ouvimos pelo menos alguma vez na vida e sabemos que são as camas super aconchegantes (ou não) dos vampiros sombrios. Em intervalos regulares as tampas se abrem e junto com os gritinhos histéricos das garotas (e até de alguns garotos, hum tô de olho!) surpresinhas saiam de dentro delas, eram morcegos, aranhas e uma espécie de zumbi que correu atrás de alguns visitantes durante vários minutos, mas eles logo caiam pelos cantos e sumiam, provavelmente voltando para os seus caixões.
As guloseimas, parte que eu particularmente mais gosto, estavam levitando pelo ambiente e convidavam todos a experimenta-las. Cá entre nós esse cardápio era um espetáculo a parte, e nesse quesito preciso bater palmas para a organização porque estavam de lacrar! Eram para todos os gostos e algumas apenas para os mais curiosos ou ousados, mas ninguém passou fome pelo menos. Os dedos mortos eram deliciosos e recheados de chocolates, mas os casais que os provaram não puderam dar beijinhos pelo resto da noite porque uuuurgh o bafo era ter-rí-vel! Haviam também os suspiros fantasmas, docinhos de cérebro e o meu favorito, as tortinhas de Abóbora Alucinógenas. Elas eram o babado da noite, quem comia começava a ver abóboras assassinas e risonhas por todos os lados, coisa engraçadíssima (pra quem assistia o efeito nos outros) a única pena é que durava meros dez minutos. Quase quis guardar algumas para trazer aqui pra casa e sacanear meus irmãos mais novos. As bebidas, infelizmente sem álcool, eram tão boas quanto os docinhos. Os batidos bolados gritavam insultos durante todo o tempo e só acabavam depois que o último gole era ingerido, pra beber era importante ter ouvidos fortes (ou ser meio surdinho). Mas de todas a mais mais da noite eram as Cervejas Amanteigadas Cantoras que faziam quem a bebia perder a vergonha e se jogar na festa, dançando e cantando sem medo de ser feliz. Descobrimos como alguns alunos e professores são afinados e também descobrimos aqueles que não vamos convidar para outros eventos porque cruzes, que horror!
Outro espetáculo foram as fantasias. Muitos realmente se empolgaram e se dedicaram a construção dos looks mais criativos e até exóticos da noite. Tivemos desde princesas até vermes malucos, foi algo que até conseguiu ser assustador. Pena que não teve um prêmio para as melhores fantasias da noite, por outro lado teve gente que ficou mais bonita com a cara desfigurada do que como era normalmente (só um detalhe, claro). Mas apesar de tudo o importante é que todos se divertira, pelo menos todos os que quiseram comparecer ao evento, é claro. Fantasias a parte, aqueles que compareceram a Festa disseram ter se divertido de verdade, apesar do Conde Drácula parecer sempre ser o mais animado do lugar.