Por: Abby Rewards Wittelsbach
Sim, sempre é bom trazer alguns livros trouxas para o Profeta Diário. Eu tenho este livro há três meses e de uma maneira muito particular acabou me conquistando. Aos poucos eu consegui entender as dificuldades que pode passar um ser humano, mas que isso vira nada quando se tem uma vontade de sonhar, criar. Jean-Dominique Bauby é um jornalista francês que teve um acidente no dia 08 de Dezembro de 1995. Um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e depois disto desenvolveu uma síndrome muito rara, conhecida como: "Locked-in Syndrome". Basicamente, ele não podia falar, se movimentar, comer e só respirava por ajuda de aparelhos. Somente conseguia piscar, com controle, seu olho esquerdo. Seu intelecto permaneceu intacto e isso não o impediu de escrever. Escreveu o livro em cima da cama de um hospital, simplesmente piscando para sua enfermeira. Tinha um alfabeto criado para ele, cada letra significava uma piscada, sim o livro foi feito letra por letra, dentre milhares de piscadelas.
Sim, sempre é bom trazer alguns livros trouxas para o Profeta Diário. Eu tenho este livro há três meses e de uma maneira muito particular acabou me conquistando. Aos poucos eu consegui entender as dificuldades que pode passar um ser humano, mas que isso vira nada quando se tem uma vontade de sonhar, criar. Jean-Dominique Bauby é um jornalista francês que teve um acidente no dia 08 de Dezembro de 1995. Um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e depois disto desenvolveu uma síndrome muito rara, conhecida como: "Locked-in Syndrome". Basicamente, ele não podia falar, se movimentar, comer e só respirava por ajuda de aparelhos. Somente conseguia piscar, com controle, seu olho esquerdo. Seu intelecto permaneceu intacto e isso não o impediu de escrever. Escreveu o livro em cima da cama de um hospital, simplesmente piscando para sua enfermeira. Tinha um alfabeto criado para ele, cada letra significava uma piscada, sim o livro foi feito letra por letra, dentre milhares de piscadelas.
O livro mistura uma narrativa dos momentos que ele ficou se recuperando no hospital com lembranças do seu passado. Eu li uma frase muito singela antes de terminar o livro, mas realmente não tem como não se sentir preso com ele em seu escafandro e, segundos depois, conseguimos voar como borboletas em suas boas lembranças. É exatamente a opinião do autor sobre sua doença, as pessoas se mexendo em sua volta, ele não podendo dar um simples abraço em seus filhos. A mente humana é muito complexa, mesmo com um corpo estagnado ele conseguiu mostrar claramente o que viveu neste período de sua vida. A reflexão do livro é bem forte, nos faz pensar se no modo que caminhamos pela vida. Às vezes alegres e sem rédeas e outras se prendemos ao medo e deixamos de viver realmente o momento. Jean-Dominique procurava a chave para abrir seu escafandro, enquanto muitos querem se trancar por motivos fúteis.
* Escafandro é uma armadura de borracha e ferro usada por mergulhadores para trabalhos no fundo do mar.