Por: O Bisbilhoscópio PARTE II Capa também foi a queda de outra Hegemonia que nos dominou por anos. Gostando ou não, querendo...

Triunfa os que não triunfam ou os que pensam em triunfar? (Parte II)



Por: O Bisbilhoscópio


PARTE II

Capa também foi a queda de outra Hegemonia que nos dominou por anos. Gostando ou não, querendo ou não, Chthon até pouco tempo atrás era sinônimo de riqueza e poder. Mas como todo castelo de cartas, leitores, uma pequena lufada pode fazer cair tudo. Sempre achamos que a Família Chthon tivesse o dom de Midas – pelo menos Otto Chthon – e que com isso tudo o que tocava fazia virar ouro, ou melhor, prédios, ações, galeões.

Qual a surpresa quando num dia comum, de uma semana comum, de uma vida comum, o leitor pega seu Profeta Diário e lê em letras garrafais: A Falência Chthon. Esta matéria de capa nos trouxe a reflexão de que a ganância pode não ser tão boa, não ser tão lucrativo, não ser, enfim, suficiente, ela precisa do risco, ela precisa da jogatina e por isso os Chthon, em sua ânsia por adquirir arriscaram mais do que podiam cobrir e quebraram a banca. Verdade seja dita, a situação da Von Chthon Holding Investments não era das melhores desde a crise de 2004 envolvendo já a bolha imobiliária e acertando de cheio duas de suas primazias: o Banco de Investimetos Chthonian Bank e a incorporadora Chthon Corporation, suas sucessivas demonstrações com quedas de rendimentos e receitas, demissões e cada vez mais apego à Política para conseguir empréstimos vultosos do Ministério só poderia dar no que deu.

A realidade é que hoje Chthon é sinônimo de feiura, distorção, ilusão, irresponsabilidade. Os séculos de tradicional linhagem parecem não ter incutido na nova geração desta família que correr riscos tem seus limites. Porém, parece que outra dimensão não foi exposta na reportagem de capa do nosso querido Profeta Diário. É que o Ministério da Magia, também está dentro destes sinônimos, ele se submeteu a força poderosa da mão mercantilista – como vem se submetendo à Lagerfeld, Hoffmeister, DiBord, pois se Chthon é [ou era] a joia da coroa, Dibord se sagra como a princesa ministerial – e acabou por se tornar o principal credor de toda esta jogatina que envolve todos estes nomes e muitos outros, que estreita o Público com o Privado, deixa de lado os interesses comuns da magia para atender à privacidade de determinados senhores – porque não “Lordes”?!

Atentem para o que digo leitores: é que Chthon & CIA são grandes demais para quebrar e falir sem que levem consigo boa parcela da Comunidade e de nós pobre cidadãos bruxos e o Ministério ainda com o cheiro podre de Eisenheim Calogrenant e toda sua matilha - que parece não ter desocupado aquela repartição - terá de arcar com os custos de não deixar que esses e outros não quebrem e nos façam ser penalizados. Nós, os simples bruxos comuns, que pegamos o Profeta Diário naquela manhã para poder tocar a nossa vidinha comum quiçá um pouco mais informado, mas infelizmente vamos segui-la açoitados pelos “grandes que não podem quebrar”, eles, os “Lordes”.

Fiquem espertos, Bisbilhoscopianos! Porque eu, Bisbilhoscópio, estou!