Por: Annie Miller Slowli Como todos sabemos, a depressão é um transtorno psiquiátrico. Pode ser percebida por diversos sintomas (pe...

As depressões e seus sintomas



Por: Annie Miller Slowli

Como todos sabemos, a depressão é um transtorno psiquiátrico. Pode ser percebida por diversos sintomas (perda de prazer nas atividades diárias, apatia, diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões, lentidão, fadiga, sensação de fraqueza, alterações do sono, alterações do apetite, sentimento constante de culpa, redução do interesse sexual, retraimento social, preocupação com os pequenos problemas da vida, ideação suicida e prejudicar-se com muitas faltas ao trabalho ou piorar o desempenho escolar) e causada por diversos motivos, os quais determinam seis tipos dessa "doença".

A depressão maior é caracterizada por, pelo menos, cinco sintomas citados no parágrafo anterior e pela duração superior a duas semanas - geralmente permanece por vinte semanas. Além desse critério, deve-se ressaltar que esses sintomas não devem estar associados a episódios maníacos (como no transtorno bipolar), devem comprometer atividades importantes (como o trabalho ou os relacionamentos pessoais), não devem ser causados por drogas, álcool ou qualquer outra substância e devem ser diferenciados de sentimentos comuns de tristeza.

Os sintomas da depressão em adolescentes podem ser diferentes das dos adultos, incluindo tristeza persistente, incapacidade de se divertir com suas atividades favoritas, teimosia constante, irritabilidade acentuada, queixas frequentes de problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar, desânimo, concentração ruim, alterações nos padrões de sono e de alimentação ou queixas frequentes de não quer ir à aula.

A distimia é uma depressão crônica leve que caracteriza-se por vários sintomas também presentes na depressão maior, mas eles são menos intensos e duram muito mais tempo — pelo menos 2 anos. Os sintomas são descritos como uma "leve tristeza" que se estende na maioria das atividades, porém, os distímicos cometem suicídio na mesma proporção dos deprimidos graves.

As pessoas com depressão atípica geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas e apresentam um sentimento forte de rejeição.

A depressão pós-parto deve-se não só as mudanças hormonais como também à grande ansiedade, desgaste e frustrações comuns na gravidez, sendo mais pro alterações com o nascimento de um bebê. Por vezes surgem desconfortos, mal-estar e dores que podem agravar o estado emocional e hormonal da recente mãe. Quanto mais estressante for uma gravidez mais provável que resulte em depressão.

O distúrbio afetivo sazonal caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono ou o inverno, que podem desaparecer na primavera ou no verão, quando então tendem a apresentar uma fase maníaca. Este distúrbio tem como principal fator a falta de sol, sendo bem comum nos países onde a luz solar dura poucas horas. É menos comum em países onde a temperatura gira em torno de 20 a 30 °C.

A D.A.S. tem como sintomas a fadiga, tendência a comer muito doce e dormir demais no inverno, mas uma minoria come menos do que o costume e sofre de insônia.

Tensão pré-menstrual é uma depressão acentuada, que apresenta irritabilidade e tensão antes da menstruação. Afeta entre 40 a 75% das mulheres em idade fértil. O diagnóstico baseia-se na presença de pelo menos 5 dos sintomas descritos no tópico depressão maior na maioria dos ciclos menstruais, havendo uma piora dos sintomas cerca de uma semana antes da chegada do fluxo menstrual, melhorando logo após a passagem da menstruação.

O pesar, também conhecido como reação de luto, não é um tipo de depressão, mas ambas possuem muito em comum. Na verdade, pode ser difícil diferenciá-los. O pesar, contudo, é considerado uma resposta emocional saudável e importante quando se lida com perdas. A pessoa passa por uma sucessão de emoções que incluem choque e negação, solidão, alterações no humor, no sono e no apetite, desespero, alienação social e raiva que duram de três a seis meses. Após esse tempo, se o sentimento de pesar ainda é muito intenso, ele pode afetar a saúde da pessoa ou predispô-la ao desenvolvimento de uma depressão.