Por: Marwyn Kay Hwang
Elfos domésticos a muito tempo eram criaturas desconsideradas pelo mundo bruxo, sua única serventia eram ser servos das grandes famílias que os possuíam, no entanto, no mundo moderno atual, essas pequenas criaturas dotadas de grande força de vontade acabaram se tornando um assunto polêmico em toda a comunidade bruxa. Diversos programas já foram criados em apoio a liberdade dos elfos domésticos, um dos mais conhecidos é o F.A.L.E., Fundação de Apoio à Libertação dos Elfos Domésticos, apesar de não ter tido muito apoio dos estudantes de Hogwarts, local onde o movimento foi criado, bastantes elfos desavisados acabaram pegando as diversas meias e gorros feitos pela organização e acabaram libertos. A questão é, todos os elfos querem ser libertos? Muito fácil para nós bruxos termos uma opinião sobre eles, normalmente a opinião é bem divida, famílias tradicionais optam por permanecer com os seus elfos, outros bruxos até mesmo fazem loucuras para salvar as criaturas das possíveis injustiças que sofrem, mas já perguntaram aos elfos o que eles querem? Alguns elfos de tanto sofrerem já aceitaram sua condição de servos, outros são simplesmente bem tratados em suas famílias e não se importam de ficarem a servindo, não querendo nenhum tipo de libertação, estão simplesmente satisfeitos.
Esse é o caso de Joker Stovos, o elfo doméstico da família Stavros, sua história é bem diferente da maioria dos elfos que desde seu nascimento já se entendem sendo servos de uma família. Joker era um elfo livre antes de virar servo dos Stavros, se é que se pode o chamar servo, o melhor termo para descrever como Joker é tratado em sua casa é empregado, o elfo foi encontrado nos terrenos da grande mansão Stavros por um dos membros da família, como a vida em liberdade era muito trabalhosa e solitária, a criatura decidiu então ficar como o elfo da família, pois assim teria um lugar pra morar e uma família inteira para tira-lo da solidão. Questionado sobre a família e se sua escolha tinha sido mesmo feliz, Joker afirmou que nunca o agrediram, no máximo as crianças pregavam alguma peça, mas nada que fosse grave, no fim das contas era uma família divertida e ele se sente contente por fazer parte desta atualmente.
Afim de ter mais informação sobre como anda a discussão sobre a liberdade dos elfos domésticos no ministério, a chefe do Departamento de Execuções de Leis da Magia, Aloha Stavros Beoulve, deu uma entrevista ao jornal onde foram discutidos alguns tópicos a respeito do assunto. A mulher relata que atualmente as denuncias de maus tratos contra elfos são nulas, o que leva-nos a crer que mesmo que a mente das pessoas esteja mudando quando a elfos, o conceito inicial continua instalado na memória, o considerado normal ainda é que um elfo seja mal tratado e nenhuma autoridade seja contata, a justiça pelas próprias mãos as vezes é realizada por aqueles que defendem os direitos dos elfos, mas essa prática é errada por causa das consequenciais que podem desencadear, como denuncias da família do elfo sobre o "invasor familiar". Como Aloha mesmo disse, ela deveria estar indignada ao receber uma denuncia de maus tratos a elfos, mas diferente disso a chefe de departamento sente-se indignada por não ter nem sequer uma dessas denuncias, porque elas ainda não são reconhecidas como crime pela sociedade bruxa. Outro tópico discutido com a mulher foi o abuso do trabalho dos elfos domésticos, em Hogwarts por exemplo existem muitos elfos nas cozinhas, afinal, são muitos alunos par servir, um salão inteiro cheio, porém a maioria das famílias de grande porte possuem apenas um elfo, e eles não só apenas cozinham, limpam toda a mansão, as vezes acompanham seus donos em alguma viagem mesmo tempo trabalho em casa, ou até mesmo buscam alguma coisa no mundo bruxo porque os donos mandam. A questão é que o abuso é presente, como Aloha informou, para um elfo só é tanto trabalho ao mesmo tempo que torna-se cansativo, beirando a escravidão, coisa entre nós humanos abominável, então porque não ser abominável também para essas criaturinhas?
Aproveitando o fato de Aloha ser Stavros, foi-lhe perguntando sobre o elfo de sua família, a mulher prefere o tratar como um ajudante do que como um empregado, as vezes até mesmo como qualquer membro da família, contou ela que o elfo as vezes faz umas travessuras pela casa e ela o deixa de castigo igual deixa os seus filhos de castigo. Segundo a mulher, todos da casa tratam o elfo de maneira respeitosa, pelo menos quando ela está presente já que ninguém quer cometer uma transgressão quando uma pessoa de seu cargo está por perto, alguém bem rígido com as leis. Afim de conhecer mais a família Stavros, um jovem da família foi entrevistado a respeito do assunto, seu nome é Joseph, um aluno do primeiro ano em Hogwarts. Joseph é um exemplo que nem todas as pessoas de uma casa estão ligadas aos seus elfos, o menino não morou desde sempre com os Stavros, era de uma família mestiça que provavelmente não possuía elfos domésticos. Quando questionado sobre a liberdade dos elfos o menino demonstrou uma maturidade um tanto maior se comparado as crianças de sua idade, primeiramente Joseph não considera elfos domésticos como escravos para a liberdade ser concedida a eles, o menino também não acredita que a liberdade seja a resposta, pois alguns elfos poderiam querer se vingar dos maus tratos do passado, o que geraria apenas mais caos e a paz nesse assunto não aconteceria. Segundo Joseph o que os elfos precisam é de patrões com atos mais amigáveis, apenas dar-lhes um bom tratamento, pois assim se sentiram acolhidos e por livre e espontânea vontade cuidarão da casa em forma de agradecimento. Mesmo sem muito contato com Joker, Joseph já possui a mentalidade da família quando a essa quesito.
A polêmica dos elfos domésticos ainda está longe de ser resolvida, as opiniões aqui ilustradas são apenas algumas de uma gama muito maior sobre o assunto, muitos são a favor da liberdade dessas criatura, outros acreditam que essa não é a solução, acima de tudo cada ser vivo no mundo, animal, criatura ou ser humano, merece respeito e um bom tratamento. Um bom ambiente familiar já é o suficiente para não haver estes tipos de conflitos como foi bem exemplificado pela família Stavros, que todas as família possuidoras de elfos construam com eles uma relação saudável, independente da maneira que for, acima de tudo os elfos devem se sentir acolhidos em seus lares.