Por: Annie Miller Slowli
Em Hogwarts, falta de comprometimento por parte de professores, aulas atrasadas e diversas demissões caracterizavam os anos letivos anteriores ao último ano letivo. Como resposta, diziam que tudo isso não prejudicaria o rendimento do aluno no boletim escolar. Porém, sabíamos que o aprendizado do aluno não atingia a média do necessário e que seu conhecimento era prejudicado. Ainda, muitos professores que cumpriam com responsabilidade seu trabalho eram demitidos no fim do ano letivo sem nem mesmo saberem por quê.
Nesse último ano letivo, as coisas felizmente mudaram. A fiscalização da coordenação da escola se tornou mais rígida, e recados eram enviados com frequência ao corpo docente para que este não se desestabilizasse no decorrer do ano. Se um problema ocorria, era facilmente solucionado. Se um professor tivesse que se ausentar por um tempo ou fosse demitido, era substituído sem delongas. Agora, todos esperam que esse ano letivo prestes a iniciar se mantenha assim. Os alunos já estavam cansados de encarar faltas e atrasos de professores em diversas matérias.
O que ninguém esperava era que a coordenação da escola adotasse uma nova tática na escolha dos novos professores: ao todo, quase 40 professores irão compor o corpo docente nesse ano. Os professores do primeiro ano serão exclusivos a este, pois são muitos alunos para lidarem. Já os professores do segundo ano acima lecionarão a, no máximo, dois anos escolares. O fundamento mais provável dessa decisão é o de que os professores não irão se sobrecarregar e, consequentemente, as chances de eles se desanimarem serão mínimas. Ou seja, com menos trabalho, os atrasos serão menos frequentes.
Mas será que três substitutos para trinta e cinco professores serão suficientes? Será que os professores eram tão sobrecarregados assim, a ponto de decidirem duplicar o número de vagas? Se correu bem no ano passado da maneira padrão, tamanha demanda é mesmo necessária? A decisão não agradou a todos.
“Acho que a coordenação está segura de si para realizar tantas novas contratações e isso, talvez, não seja algo bom. Desde que entrei, essa frequente demanda de 'renovações' vem acontecendo e a cada novo ano em cotas maiores. Não que eu esteja insatisfeito com o que aqui se procede, mas acho que já passou da hora de ver se o real fator para tantas demissões não tem como ninho a instituição equivocada de tantos deveres”, opinou o professor de Astronomia e ex-diretor da Corvinal Kaamal Stemford Whitehill. Aguardemos, então, para ver se essa mudança drástica no corpo docente será eficiente.
Um dos novos contratados foi Clara Keller Rolstroy, que se formou ano letivo passado e já será docente, assim como Helioth Kerberos. Essa escolha é comum em Hogwarts, talvez porque os formandos desejam passar mais um tempo no castelo. “Escolhi lecionar assim que formei porque sempre gostei de ensinar. Formar o caráter de novos jovens sempre foi minha bandeira. Nunca fui muito de Ministério, nem O Profeta Diário e tal. Desde quanto eu era pequena, a minha avó Evelyn sempre me incentivou as artes das Poções. No final, tudo aquilo só fez aumentar a minha vontade de ensinar o que havia aprendido. Espero poder ensinar a arte das Poções de um jeito que interesse os alunos. Quero que esse ano Poções do 3º e do 4º ano seja a matéria preferida dos meus alunos! E podem ter certeza que farei por onde conquistar isso! E vem aí novidades para minha matéria”, entregou a professora novata.
Fabrizio Perroni, novo professor de Estudo dos Trouxas do 2º ano, já pensa no que fará para atrair o interesse dos discentes. "Bem, o que posso falar sobre meu novo trabalho? Eu espero me relacionar bem com o restante do corpo docente, meus superiores e obviamente com alunos. Sei que é complicado lidar com crianças, manter seu interesse e fazer com que gostem de um tema que a maioria deles nem ao menos tem vontade de estudar, mas é um desafio que aceito de bom grado. Como tratarei apenas sobre os esportes praticados por trouxas, talvez consiga conquistá-los ao colocá-los em campo para jogar. Diversão, brincadeiras e conhecer as regras dos jogos são as palavras-chave das minhas aulas e desejo honestamente que meus alunos do segundo ano gostem."
Kaamal, como Clara, também promete qualidade e inovação em seu ensino. “Em relação ao novo ano que se determina, e até mesmo as aulas de Astronomia, creio que muitas novidades virão. Assim como as novas cabeças que irão ministrar as diferenciadas disciplinas, utilizarei de novos recursos para deixar as aulas mais dinâmicas, repletas de ações e desafios, elaborando meios propícios para maior interação entre professor, discente e ambiente/sala de aula. O foco será o mesmo — a observância dos corpos universais —, porém os métodos de transpassar a matéria sofrerá demasiadas modificações.”
Com tantos professores, naturalmente haverá uma grande quantidade de originalidades, e a inovação dentro da sala de aula será proporcional à quantidade de docentes, já que cada um deles trará algo de diferente para suas aulas. Que essa alteração no quadro de docentes realmente acarrete em benfeitorias apenas.