Divergências no Supremo Tribunal Ministerial de Bruxaria, em sessão plenária aberta há aproximadamente dois meses, frustra o Relator da...

Plenário do Supremo se transfigura em Coliseu de autarquias


Divergências no Supremo Tribunal Ministerial de Bruxaria, em sessão plenária aberta há aproximadamente dois meses, frustra o Relator da Proposta de Emenda à Constituição, Felicius XV Von Chthon.A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi proposta pelo Poder Executivo, representado solenemente pelo Ministério da Magia, a qual detém dispositivos relativos ao próprio Poder Executivo, que a Constituição Mágica da Grã-Bretanha não dispõe hodiernamente.

A PEC comina desde as obrigações do Primeiro-Ministro, como suas prerrogativas até órgãos inanimados, que, segundo a assessoria de imprensa do Gabinete do Primeiro-Ministro da Magia, tais órgãos estão embrionariamente prescritos na PEC, não obstante, suas instaurações serão feitas conseguintemente a aprovação pelo Supremo; entretanto, o Magistrado e Presidente do Supremo Tribunal Victor Ximenes Von Chthon outorgou, como lhe confere o poder, o encerramento da sessão retaliando seu tio, Magistrado, Vice-Presidente da Suprema Corte e Relator da supracitada proposição de emenda constitucional.

A sessão teve início com a ponderação inebriante do Relator Felicius, ressaltando a importância que o trâmite em julgado tinha para dirimir as lacunas que a retrograda Constituição possui, além de salientar a função da Suprema Corte como órgão unigênito legislador. Explanando, o Supremo Tribunal seria o único órgão do Poder Legislativo, sendo simultaneamente o órgão de última instância do Poder Judiciário.

O Magistrado Leroy Burnier Hoffmeister discursou conciso, antes, porém, majestosamente, parafraseando: “O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado”. Em suma, a partir benevolamente para o Executivo, o Relator e o Magistrado Hoffmeister votaram positivamente a favor da PEC, contudo, o que parecia sob controle e que alienaria os demais doutos e ilustres membros da Suprema Corte, controverteu-se.

O Magistrado Neal B. S. McBride questionou a ineficácia da excelsa Corte para avaliar votar a matéria posta a apreciação da mesma. Não só questionou o que, verbalmente, o Primeiro-Ministro instituiu como votou negativamente contra a PEC, por, em suma, discordar a homicídio fatídico que o Primeiro-Ministro Calogrenant havia executado contra os ideais de Montesquieu. Ressaltou, em seu plausível discurso a importância da tripartição dos Poderes para a instituição de um Estado, de fato, Democrático.

Sua excelência Victor embargou e replicou, com suas palavras, o voto do Magistrado McBride, o qual deu início ao questionamento da “jurisprudência” legislativa do Supremo. A Magistrada Morgaine O’Grady Rolstroy, dando o ar feminista na ostensiva Suprema Corte, convergindo com seus companheiros de plenário Victor e Neal. Também, concisamente, ressalvou a incompetência do Supremo para exercer um ofício de cunho sócio legislativo, por eles não terem sidos elegidos por voto direto da sociedade bruxa e, sim, por nomeação do Primeiro-Ministro. Assim, concordaram que não poderiam ter como responsabilidade legislativa precipuamente.

Felicius demonstra exasperação e notório afronto a Suprema Corte, por eles terem, por maioria, ponderado – replicado, triplicado -, a mesmo discurso, discordando da autoridade legislativa do Supremo, destituindo os dos princípios do órgão, os quais Calogrenant atribuiu ao ingressar na ministração. O Relator questiona a autoridade do Presidente, Magistrado e sobrinho Victor em pleno púlpito, seguindo com seus díspares deferidos contra Morgaine. Frisa como “infundamentado” os discursos proferidos pelo Colegiado. Entrementes, Victor refuta seu tio profissionalmente, instituindo suas prerrogativas como Presidente da Suprema Corte.

O jovem e diligente do Supremo retalia o tio e colega de plenário, no viés dos seus doutos conhecimentos. Batendo o martelo, ele dá a sessão de exceção legislativa por encerrada, preponderando sua autoridade mister no cultuado Supremo Tribunal Ministerial de Bruxaria. 

por Alfred Von D'Estaing